Guterres defende que morte de reféns mostra necessidade de libertar todos
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu hoje que a morte dos seis reféns israelitas é um "devastador alerta" para a necessidade de libertar todos os reféns e de terminar a guerra em Gaza.
© Getty Images
Mundo Médio Oriente
O exército de Israel anunciou hoje que identificou os corpos de seis reféns recuperados na Faixa de Gaza, duas mulheres e quatro homens, incluindo um israelo-norte-americano e um israelo-russo.
Na sua conta da rede social X, António Guterres refere que "as trágicas notícias de hoje são um devastador alerta para a necessidade da libertação incondicional de todos os reféns e do fim do pesadelo da guerra em Gaza".
O secretário-geral das Nações Unidas diz ainda que nunca irá esquecer o encontro que teve em outubro com os pais do refém Hersh Goldberg-Polin (um dos reféns morto e cujo corpo foi encontrado hoje) e outras famílias de reféns do Hamas.
Segundo as autoridades israelitas, os reféns foram mortos pouco antes de terem sido encontrados nos túneis controlados pelo Hamas na Faixa de Gaza.
Embora Israel não tenha declarado oficialmente as circunstâncias exatas das mortes, o porta-voz militar Daniel Hagari disse que os seis reféns foram encontrados mortos, enquanto fontes médicas das forças de segurança disseram aos meios de comunicação israelitas que os corpos apresentavam sinais de terem sido executados.
Na última semana, Israel lançou uma operação militar em grande escala no território palestiniano da Cisjordânia, sob ocupação israelita desde 1967, onde ocorreram confrontos mortíferos e fortes incursões do Exército em cidades palestinianas como Tulkarem e Jenin.
Esta situação suscita receios de que a intensidade do conflito na Faixa de Gaza possa alastrar à Cisjordânia, onde o nível de violência é extremamente elevado desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, em 07 de outubro de 2023.
Israel declarou naquela data uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas depois de este ter realizado em território israelita um ataque que matou mais de 1.200 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também 251 reféns.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, dos reféns, perto de cem foram libertados no final de novembro, durante uma trégua, em troca de prisioneiros palestinianos, permanecendo dezenas detidos e outros morreram.
Leia Também: Keir Starmer classifica assassinato de seis reféns como ato "horrível"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com