"O tribunal considera que é impossível iniciar a apreciação do processo criminal. A audiência será adiada para 16 de setembro, às 14:00 (horário local)", declarou a juíza Natalia Tcheprassova no primeiro dia de julgamento em Moscovom após anunciar a prorrogação da prisão de Vinatier, segundo jornalistas da agência de notícias AFP no local.
O adiamento foi solicitado porque Laurent Vinatier teria sido informado demasiado tarde da data da audiência.
O francês, de 48 anos, surgiu sorridente, vestindo uma camisa azul e calças de ganga escura e a conversar com os seus advogados.
"Estou a pensar na minha mulher e nos meus filhos", disse, em russo, durante um intervalo da audiência.
As autoridades russas acusaram-no de não se registar no país como "agente estrangeiro" e também de recolher "informações no domínio das atividades militares" que poderiam ser "utilizadas contra a segurança" da Rússia.
Laurent Vinatier, que foi detido no início de junho, pode receber uma pena de até cinco anos de prisão.
Anteriormente, houve receio de uma acusação mais grave contra o cidadão francês, por exemplo de "espionagem", um crime punível com 20 anos de prisão na Rússia.
Vinatier, de 47 anos, trabalha para o Centro para o Diálogo Humanitário, uma organização não-governamental (ONG) suíça que faz a mediação de conflitos fora dos circuitos diplomáticos oficiais.
As acusações de espionagem e recolha de informação sensível tornaram-se frequentes na Federação Russa desde que o Kremlin decidiu invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
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