Rússia afirma que forças ucranianas já sofreram 9.300 baixas em Kursk
As autoridades russas indicaram hoje que o Exército ucraniano sofreu mais de 9.300 baixas na incursão terrestre contra a região russa de Kursk, iniciada em agosto, na qual Kyiv reclama o controlo de uma centena de localidades.
© TATYANA MAKEYEVA/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia
O Ministério da Defesa russo afirmou em comunicado que o Exército ucraniano perdeu numerosas tropas, além de 80 carros de combate, 38 veículos de infantaria, 70 veículos blindados de transporte e outros 561 veículos.
Salientou ainda que as tropas russas conseguiram destruir 273 automóveis, oito sistemas de defesa aérea, 20 lançadores múltiplos de mísseis (incluindo três HIMARS e um MLRS) e outras peças de artilharia.
Do total do que o Ministério da Defesa chama apenas vítimas, sem discriminar, pelo menos 400 foram registadas nas últimas 24 horas, embora a Ucrânia continue a reivindicar avanços na região russa, onde afirma controlar cerca de 1.300 quilómetros quadrados de território.
As Forças Armadas ucranianas relataram também a captura de cerca de 600 soldados russos, embora os dois lados apresentem os seus próprios dados e estes sejam muitas vezes contraditórios.
Por seu lado, a empresa russa de energia nuclear, Rosatom, alertou hoje para o "elevado risco" de um ataque contra a central de Kursk.
O diretor-geral da companhia, Alexei Lijachov, especificou que as forças de segurança conseguiram abater numerosos mísseis e drones nas proximidades das instalações, referindo ao mesmo tempo que, "apesar de todos os riscos, a central funciona normalmente" e "tudo está a progredir conforme planeado".
No entanto, explicou que as unidades um e dois da fábrica estão atualmente fora de serviço, enquanto a terceira funciona em plena capacidade e a quarta está em manutenção.
Lijachov expressou que espera que o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, transmita a Kyiv a sua preocupação com a situação em torno da central para evitar um possível desastre nuclear.
Já durante a sua visita a Kursk, o próprio Grossi alertou para os combates entre as tropas russas e ucranianas em torno da unidade e afirmou que havia sinais de ataques de drones.
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