A OEA recorda que "o regime não só não conseguiu apresentar a mínima prova de um resultado eleitoral, como forçou o exílio do candidato Edmundo González, que, tendo em conta o que aconteceu desde a data das eleições, ganhou indubitavelmente as eleições".
González foi objeto de "citações não fundamentadas ao Ministério Público e ameaças de prisão".
"Esta ação do regime autoritário venezuelano é obviamente condenável e repudiável", sublinhou a organização.
A OEA considera que "tudo foi como se esperava" porque é "ridículo" esperar "eleições livres, justas e transparentes".
"A Venezuela não precisa, definitivamente, de mais um preso político, de mais uma pessoa torturada, de mais uma vítima de violações sistemáticas dos direitos humanos. Sabemos como são as prisões do regime e conhecemos o triste caráter humano da cadeia de comando da repressão ditatorial", acrescentou a OEA no seu comunicado.
No mesmo impulso, a organização considera que "este processo eleitoral ainda não terminou": "devemos continuar a trabalhar para que o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho assuma a Presidência da República Bolivariana da Venezuela em janeiro do próximo ano", defendeu.
Na mesma linha, o governo chileno condenou o "exílio forçado" de González e "rejeita categoricamente a perseguição, o assédio e a violência política a que foi submetido, obrigando-o a deixar o seu país em condições que colocam em risco a sua segurança".
Edmundo González chegou hoje a Madrid, depois de ter partido de Caracas num avião da Força Aérea espanhola e após ter passado mais de um mês nas instalações diplomáticas holandesas. A 05 de setembro partiu para a sede diplomática espanhola e no sábado deixou o país.
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