O discurso de 18 minutos, no palácio presidencial, foi o ponto alto do primeiro dia da visita do Papa a Timor-Leste, que termina na quarta-feira.
Antes, o Papa já tinha participado numa cerimónia de boas-vindas oficiais na entrada do edifício. Francisco teve depois um encontro privado com o Presidente da República, José Ramos-Horta, de cerca de 15 minutos, ao mesmo tempo que o secretário de Estado do Vaticano se reuniu com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e respetivas delegações.
O Papa reuniu-se depois com as autoridades juntas na sala China, decorada com fotos de heróis da resistência, pinturas e objetos tradicionais timorenses, além de uma pintura da grande muralha da China. O palácio foi construído pela China.
Antes de entrar na sala, o Papa já tinha cumprimentado 10 membros da família do Presidente.
Depois dos discursos do chefe de Estado de Timor-Leste e de Francisco seguiu-se uma troca de presentes e houve ainda uma bênção final aos funcionários e uma foto de grupo, composto por mais de mil pessoas.
Na saída do Papa foi tocada uma melodia por corneteiros de "karau dikur", um instrumento de sopro tradicional que é feito de chifre de búfalo e que é usado para chamar ou informar a comunidade de um acontecimento importante.
O Papa Francisco recebeu um tais, um pano tradicional de Timor-Leste, um terço e uma escultura feitos de sândalo, do artista Ricardo Nheu.
E assinou também um Livro de Honra que foi especialmente concebido para comemorar a visita a Timor-Leste, com capa de tecido e madeira, representando um peixe, um dos primeiros símbolos cristãos, e uma peça de madeira com a inscrição "Unitur in Pace" (Unidos na Paz, em Latim).
*** O jornalista viajou para Timor-Leste a convite das autoridades timorenses ***
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