Sánchez promete a Xi trabalhar por relações mais equilibradas entre China e UE
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu hoje em Pequim uma "ordem comercial equitativa" e disse que Espanha quer promover relações "mais próximas, ricas e equilibradas" entre a União Europeia e a China.
© Paolo Blocco/WireImage
Mundo Pedro Sánchez
"Espanha quer trabalhar de maneira construtiva para que as relações entre ambas as regiões sejam mais próximas, mais ricas e mais equilibradas", disse Sánchez, num encontro com o Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim.
O líder do Governo de Espanha iniciou hoje uma visita à China, cujas relações com a União Europeia estão a viver um contexto de tensões por causa de taxas e outros obstáculos comerciais impostos a produtos como os carros elétricos chineses ou a carne de porco europeia.
No primeiro dia na China, Sánchez reuniu-se com Xi Jinping, com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e com empresários, tendo por diversas vezes deixado mensagens em defesa do diálogo entre a China e a União Europeia (UE).
Sánchez e Xi não fizeram declarações à comunicação social no final do encontro, mas os jornalistas puderam assistir ao arranque da audiência entre os dois.
Segundo os meios de comunicação social espanhóis, Sánchez destacou, perante Xi, a importância do "papel central" da China no mundo, tal como acontece com a UE, antes de manifestar a disponibilidade de Espanha para promover as relações entre as duas partes.
Para Sánchez, num contexto geopolítico e económico mundial cada vez mais complexo, a China e a UE devem trabalhar com o objetivo de superar diferenças através da negociação, com espírito de diálogo e colaboração e dentro de contextos multilaterais.
"Acima de tudo, devemos procurar soluções que sejam benéficas para todas as partes, e esse é o compromisso e o desejo de Espanha", afirmou o líder do Governo espanhol, citado pela agência de notícias EFE.
Para além das relações bilaterais entre os dois países e entre a China e a UE, Sánchez referiu também, na conversa inicial com Xi Jinping, a influência que o país asiático pode ter na resolução de conflitos como o da Ucrânia e sublinhou a necessidade de acabar com a guerra no território palestiniano de Gaza e de haver respeito pelo Direito Internacional e pela Carta das Nações Unidas.
Antes, no encontro com Li Qiang, Sánchez manifestou igualmente a intenção de Espanha "estender pontes" entre a UE e a China, para uma ordem comercial justa, e insistiu em que as duas partes devem manter os mercados abertos.
Segundo disse a televisão chinesa CCTV após o encontro, Xi Jinping defendeu, por seu turno, que Espanha e China devem promover "conjuntamente o desenvolvimento da inteligência artificial, da economia digital, da energia sustentável e de outros domínios de alta tecnologia".
"Espero que a Espanha continue a proporcionar um ambiente de negócios justo, equitativo, seguro e não discriminatório para as empresas chinesas que investem e operam em Espanha", afirmou o presidente chinês, citado pela CCTV.
Segundo a EFE, no início do encontro com Sánchez a que assistiram jornalistas, Xi Jinping assegurou que face aos desafios globais, a China continua a ter como objetivos a paz e o desenvolvimento.
Xi garantiu ainda que a China defende também o multilateralismo e o livre comércio.
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