O objetivo deste sistema é acelerar a resposta inicial a desastres, especialmente durante grandes terramotos, e foi desenvolvido em resposta a um sismo ocorrido em outubro de 2021, disse à agência de notícias EFE um responsável do Governo Metropolitano de Tóquio.
O evento ocorreu no meio de uma série de desastres climáticos, incluindo chuvas torrenciais localizadas, levando o governo local a criar um novo método de ação.
O sistema avalia rapidamente e com precisão os danos após um desastre e facilita as operações de socorro, detetando incêndios, fumo em grande escala ou desmoronamento de edifícios.
Através de imagens de câmaras de alta resolução de três áreas diferentes da capital japonesa, o sistema analisa automaticamente estes eventos e fornece a informação às agências relevantes, como a polícia, os bombeiros e as Forças de Auto-Defesa do Japão.
O governo local começou a desenvolver a ferramenta em 2022 e a operação em grande escala começou em março deste ano.
No mês passado, a Agência Meteorológica do Japão emitiu um primeiro aviso sobre o risco de um megassismo ao longo da depressão de Nankai, que se estende entre o centro e o sudoeste do Japão, o que aumentou a importância do novo sistema do governo de Tóquio.
Além da identificação por câmaras de alta resolução, o sistema incorpora outras iniciativas de preparação, como a análise de redes sociais para recolher informações adicionais e ferramentas de apoio a inquéritos de certificação de danos em habitações.
Esta última iniciativa facilita aos municípios da região a emissão de certificados de vítimas de catástrofes, com dados apresentados em relatórios e mapas no ecrã.
De acordo com uma avaliação dos danos efetuada pelo Governo Metropolitano de Tóquio em 2022, um megaterramoto na fossa submarina de Nankai podia desencadear um tsunami com ondas entre 2 e 2,6 metros de altura na área da baía de Tóquio.
Além disso, existe uma probabilidade de 70% de ocorrer um grande terramoto diretamente sob Tóquio nos próximos 30 anos. Um forte terramoto no sul de Tóquio podia causar cerca de 6.100 mortes e danos em mais de 194 mil edifícios.
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