Por todo o recinto ao ar livre de Tasi Tolu, nos arredores de Díli, há 20 postos médicos, cada um com duas dezenas de pessoas, entre pessoal medico, de enfermagem, socorristas e bombeiros.
Num deles, tinham sido atendidas 28 pessoas nas primeiras horas de concentração de fiéis, sobretudo devido a diarreia, desidratação e tensão arterial.
"Estamos preparados para atender os peregrinos que precisarem de ajuda", disse à Lusa a médica Natália da Conceição, 26 anos, do Centro de Saúde de Comoro, em Díli.
O médico Vitorino Sequeira Magro, 40 anos, também chegou de Cova Lima "para apoiar os peregrinos", mais de 4.000 daquele distrito do sudoeste de Timor-Leste.
Luís Pedro Pinto, secretário-geral da Cruz Vermelha de Timor-Leste disse a agência Lusa que nos 20 postos móveis já foram atendidas cerca de 300 pessoas desde dia 08.
A maior parte, explicou, foram casos de desidratação e não foi necessário tirar ninguém do recinto.
Para ministrar a comunhão, cada município mobilizou 200 "ministros extraordinários", cabendo a cada um distribuir 63 hóstias.
É o caso de Cristina dos Santos, que tinha 19 anos quando assistiu à missa celebrada por João Paulo II, em 1989.
"Agora, é melhor, não estamos ocupados pela Indonésia", disse aquela que é uma das "ministras extraordinárias da comunhão" de Maliana, na parte ocidental do país.
Maria João de Oliveira Alves, 52 anos, de Díli, também esteve na missa de 1989.
"No coração, o sentimento é o mesmo, só que agora somos livres", afirmou.
O sentimento que reina no recinto é de entusiasmo e de um momento histórico, não só pela presença do Papa, mas também porque é o maior acontecimento organizado pelos timorenses, também com um grande envolvimento das novas gerações.
Carros de bombeiros vão atirando água para os peregrinos, numa das poucas alturas em que a maré de guarda-chuvas amarelos e brancos, as cores da Santa Sé, deixa de se ver por instantes.
Os jornalistas viajaram para Timor-Leste a convite das autoridades timorenses
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