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"Sangue sagrado". Centenas em funeral de ativista morta na Cisjordânia

O caixão da jovem de 26 anos, que estava coberto por uma bandeira turca, foi transportado uma guarda de honra.

Notícias ao Minuto

17:18 - 14/09/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Médio Oriente

Centenas de pessoas saíram à rua este sábado para marcar presença no funeral da ativista norte-americana de origem turca Aysenur Ezgi Eygi, que foi morta durante uma manifestação na Cisjordânia, a 6 de setembro.

 

O vice-presidente da Turquia, Cevdet Yilmaz, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, o presidente do Parlamento, Numan Kurtulmus, e o líder do Partido Republicano do Povo (CHP), Ozgur Ozel, foram algumas das personalidades que estiveram na cerimónia realizada na cidade de Didim, na costa turca do Mar Egeu.

O caixão da jovem de 26 anos, que estava coberto por uma bandeira turca, foi transportado por uma guarda de honra, noticiou a agência Reuters.

“O sangue de Aysenur Eygi é tão sagrado como o de todos os mártires palestinianos, e segui-lo-emos até ao fim. Enquanto nação turca, estamos totalmente empenhados. Como Estado, estamos totalmente empenhados”, assegurou Kurtulmus aos jornalistas.

O responsável apontou ainda que a jovem “foi diretamente atingida e alvejada atrás da orelha esquerda”. “Que Deus tenha piedade dela e que a sua alma descanse no paraíso”, complementou.

Recorde-se que o Governo turco anunciou, na quinta-feira, que vai pedir uma ordem de prisão internacional para os responsáveis.

Eygi, que trabalhava como voluntária no Movimento Internacional de Solidariedade (ISM), foi baleada na cabeça quando participava num protesto perto de Nablus contra a expansão dos colonatos israelitas na Cisjordânia, que, segundo testemunhas, era pacífico. Embora tenha sido levada para um hospital próximo com ferimentos graves, os médicos não conseguiram reanimá-la, segundo fontes médicas.

O exército israelita afirmou na terça-feira que "é altamente provável que ela tenha sido atingida involuntariamente por fogo israelita que não era dirigido a ela", mas a um alegado instigador de uma manifestação que descreveu como um "motim".

A família de Eygi, que vive nos Estados Unidos há décadas, apelou ao Governo norte-americano para que efetuasse uma investigação independente "sobre o assassinato ilegal de uma cidadã americana e para garantir a responsabilização dos seus autores".

Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou a morte da mulher "injustificada e injustificável", acrescentando que "ninguém deve ser morto por participar num protesto".

Veja as imagens na galeria acima.

Leia Também: Corpo da ativista norte-americana morta na Cisjordânia chega à Turquia

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