Biden irá encontrar-se com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, no final de setembro, disse ainda.
Joe Biden "está determinado" a utilizar os últimos meses do seu mandato para reforçar a posição da Ucrânia contra a Rússia, afirmou o conselheiro, em declarações num fórum em Kyiv por videoconferência.
A eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos poderá ser um fator de mudança para Kyiv, caso o republicano Donald Trump ganhe.
Os assessores de Trump já deram a entender que, se ele ganhar, utilizarão a ajuda americana como alavanca para forçar Kyiv a fazer concessões territoriais à Rússia e colocar um ponto final na guerra.
"O Presidente Zelensky afirmou que, no final do dia, esta guerra terá de terminar através de negociações e precisamos que eles sejam fortes nessas negociações", declarou Jake Sullivan na conferência anual Yalta European Strategy, organizada pela fundação do bilionário ucraniano Viktor Pintchouk.
Há meses que o exército ucraniano enfrenta dificuldades na frente oriental, onde as forças russas têm vindo a ganhar terreno, apesar da incursão de surpresa das tropas ucranianas na região russa de Kursk, em agosto.
No leste da Ucrânia, "a área em torno de Pokrovsk é particularmente preocupante", sublinhou Sullivan, referindo-se a uma cidade importante, que tem estado sob um ataque intenso desde há semanas pelas tropas russas, que agora se encontram a menos de 10 quilómetros deste estratégico entroncamento ferroviário e rodoviário.
Sullivan salientou que quando o Presidente Joe Biden se encontrar com Zelensky, em Nova Iorque, "terá mais quatro meses de mandato" pela frente, tempo que está determinado a utilizar "para colocar a Ucrânia na melhor posição possível para vencer".
Zelensky e outros líderes ucranianos têm denunciado os atrasos na ajuda militar ocidental, e particularmente norte-americana, mas Sullivan assegurou que este problema se deve a uma logística difícil e não à falta de vontade política.
"Não é uma questão de vontade política. É uma questão de logística difícil e complicada (...) para fazer chegar este equipamento à linha da frente", disse.
"Mas, como disse o Presidente Zelensky (...), tendo em conta o que a Ucrânia está a enfrentar, temos de fazer mais e melhor. E eu concordo", acrescentou.
Perante a nova vaga de ataques a instalações energéticas ucranianas, os Estados Unidos receiam ataques russos a centrais nucleares ucranianas, que desempenham um papel vital na produção de eletricidade do país, acrescentou Sullivan.
"Os russos têm sido muito brutais nos seus ataques às infraestruturas energéticas civis. Já dispararam contra as centrais nucleares ucranianas e penso que isso pode voltar a acontecer", afirmou.
"Precisamos de ajudar a Ucrânia a defender estas centrais nucleares, o que é particularmente importante e uma prioridade para nós", sublinhou o responsável norte-americano.
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