"Os Hutis devem saber que, nesta altura, retaliamos duramente contra aqueles que nos tentam prejudicar. Aqueles que precisam de ser lembrados estão convidados a visitar o porto de Hodeida", avisou, no início de uma reunião governamental.
O exército israelita confirmou que um míssil 'superfície-superfície' foi lançado de manhã cedo contra o território israelita e que provavelmente se desintegrou em pleno voo, não causando vítimas.
Os xiitas islâmicos Hutis, aliados do Irão, reivindicaram o lançamento de um novo "míssil balístico hipersónico" que, segundo o grupo, atingiu com sucesso um alvo militar perto de Telavive.
As forças israelitas confirmaram que lançaram vários intercetores para tentar impedir o voo do míssil e estão a estudar os efeitos que tiveram.
De acordo com os Hutis, as defesas antiaéreas israelitas não conseguiram parar o míssil.
Segundo o exército israelita, vários fragmentos dos intercetores de Telavive danificaram uma estação de comboios na cidade de Modin, perto de Telavive, e outros caíram em áreas abertas.
O incidente não causou ferimentos graves. Pelo menos nove pessoas foram tratadas pelos serviços de emergência israelitas após terem sofrido ferimentos ligeiros a caminho dos abrigos anti-bombas.
Entretanto, o movimento islamita palestiniano Hamas já saudou o ataque dos Hutis.
"Consideramos que isto é uma resposta natural à agressão contra o nosso povo palestiniano (...). Afirmamos que o inimigo sionista não estará seguro até que cesse a sua agressão brutal contra o nosso povo na Faixa de Gaza", afirmou, numa declaração.
Em 20 de julho, Israel lançou um ataque contra o porto iemenita de Hodeida, um dia depois de um drone lançado pelos rebeldes Hutis ter explodido perto da embaixada dos EUA em Telavive, matando um civil israelita.
O bombardeamento israelita matou pelo menos cinco pessoas e feriu cerca de 90, de acordo com o ministério da Saúde, controlado pelos extremistas, que dominam grande parte do Iémen.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, os Hutis têm lançado drones e mísseis balísticos contra Israel, a maioria dos quais foi intercetada antes de atingir o seu alvo, e atacado navios mercantes de diferentes países que transitavam no Mar Vermelho, no Golfo de Aden e no Estreito de Bab al Mandeb, alegando que os navios pertenciam a Israel ou se dirigiam a um porto israelita.
Os Hutis justificam estes ataques com a sua solidariedade com o Hamas.
A tensão na zona fez com que as principais linhas de navegação do mundo continuassem a ajustar as suas rotas para evitar atravessar o Mar Vermelho, por onde transitam 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio mundial de petróleo e 8% do comércio mundial de gás natural liquefeito.
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