Netanyahu recorda aos Hutis bombardeamento israelita em Hodeida

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou hoje os rebeldes Hutis do Iémen, após o ataque com mísseis balísticos contra o centro de Israel, convidando-os a "visitar o porto de Hodeida", que foi bombardeado pelo exército israelita em julho.

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© ABIR SULTAN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
15/09/2024 14:32 ‧ 15/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Os Hutis devem saber que, nesta altura, retaliamos duramente contra aqueles que nos tentam prejudicar. Aqueles que precisam de ser lembrados estão convidados a visitar o porto de Hodeida", avisou, no início de uma reunião governamental.

 

O exército israelita confirmou que um míssil 'superfície-superfície' foi lançado de manhã cedo contra o território israelita e que provavelmente se desintegrou em pleno voo, não causando vítimas.

Os xiitas islâmicos Hutis, aliados do Irão, reivindicaram o lançamento de um novo "míssil balístico hipersónico" que, segundo o grupo, atingiu com sucesso um alvo militar perto de Telavive.

As forças israelitas confirmaram que lançaram vários intercetores para tentar impedir o voo do míssil e estão a estudar os efeitos que tiveram.

De acordo com os Hutis, as defesas antiaéreas israelitas não conseguiram parar o míssil.

Segundo o exército israelita, vários fragmentos dos intercetores de Telavive danificaram uma estação de comboios na cidade de Modin, perto de Telavive, e outros caíram em áreas abertas.

O incidente não causou ferimentos graves. Pelo menos nove pessoas foram tratadas pelos serviços de emergência israelitas após terem sofrido ferimentos ligeiros a caminho dos abrigos anti-bombas.

Entretanto, o movimento islamita palestiniano Hamas já saudou o ataque dos Hutis.

"Consideramos que isto é uma resposta natural à agressão contra o nosso povo palestiniano (...). Afirmamos que o inimigo sionista não estará seguro até que cesse a sua agressão brutal contra o nosso povo na Faixa de Gaza", afirmou, numa declaração.

Em 20 de julho, Israel lançou um ataque contra o porto iemenita de Hodeida, um dia depois de um drone lançado pelos rebeldes Hutis ter explodido perto da embaixada dos EUA em Telavive, matando um civil israelita.

O bombardeamento israelita matou pelo menos cinco pessoas e feriu cerca de 90, de acordo com o ministério da Saúde, controlado pelos extremistas, que dominam grande parte do Iémen.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, os Hutis têm lançado drones e mísseis balísticos contra Israel, a maioria dos quais foi intercetada antes de atingir o seu alvo, e atacado navios mercantes de diferentes países que transitavam no Mar Vermelho, no Golfo de Aden e no Estreito de Bab al Mandeb, alegando que os navios pertenciam a Israel ou se dirigiam a um porto israelita.

Os Hutis justificam estes ataques com a sua solidariedade com o Hamas.

A tensão na zona fez com que as principais linhas de navegação do mundo continuassem a ajustar as suas rotas para evitar atravessar o Mar Vermelho, por onde transitam 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio mundial de petróleo e 8% do comércio mundial de gás natural liquefeito.

Leia Também: Hutis do Iémen reivindicam lançamento de míssil contra Israel

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