"Quando há uma guerra, arranja-se dinheiro para todo o tipo de coisas, quando há uma crise financeira e os bancos têm que ser salvos, arranja-se dinheiro. Quando um povo sofre numa situação tão desesperante, e é necessária uma quantia relativamente pequena de dinheiro, considero absolutamente inaceitável que esse dinheiro não esteja disponível", afirmou António Guterres, numa entrevista à Agência France Presse.
O Haiti enfrenta uma profunda crise institucional há anos, desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho de 2021, além de sofrer com a violência de gangues armados.
O Quénia lidera uma missão, apoiada pela ONU, que combate os gangues armados que controlam partes do Haiti.
Os gangues controlam 80% da capital, Porto Príncipe.
A violência espalhou-se para outras áreas do país, causando mais de 3.200 mortos entre janeiro e maio, de acordo com a ONU, e também deixou mais de meio milhão de pessoas sem-abrigo nos últimos anos.
A missão deverá custar cerca de 600 milhões de dólares por ano, embora a ONU tenha recebido apenas 68 milhões de dólares dos 85 milhões de dólares prometidos até agora. Os EUA e o Canadá forneceram a maioria dos fundos.
Leia Também: Sobe para 24 número de mortos em explosão de camião-cisterna no Haiti