Jornalistas alemães pedem acesso à Faixa de Gaza

Os principais órgãos de comunicação social alemães apelaram esta terça-feira a Israel para que lhes permita entrar na Faixa de Gaza, alegando que "a exclusão quase total" da imprensa internacional "não tem precedentes na história recente".

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© Dawoud Abo Alkas/Anadolu via Getty Images

Lusa
17/09/2024 13:09 ‧ 17/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Após quase um ano de guerra, apelamos ao governo israelita para que nos permita entrar na Faixa de Gaza", escreveram os chefes de redação de cerca de 15 meios de comunicação impressos, televisivos e de agências numa carta aberta.

 

Pediram também às autoridades egípcias autorização para entrar no território palestiniano através da passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e o sul da Faixa de Gaza.

Israel está em guerra com o Hamas desde o ataque mortal ao seu território pelo grupo islamita palestiniano em 07 de outubro de 2023.

Os meios de comunicação social alemães consideraram que quem impossibilita a produção de notícias independentes sobre a guerra "está a prejudicar a sua própria credibilidade".

"Qualquer pessoa que nos proíba de trabalhar na Faixa de Gaza está a criar as condições para uma violação dos direitos humanos", acrescentaram.

A carta aberta, dirigida ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e ao Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, foi entregue na segunda-feira, segundo a agência francesa AFP.

Os signatários incluem editores e jornalistas dos jornais Der Spiegel e Die Welt, dos canais públicos ARD e ZDF, da agência noticiosa alemã DPA e da Associação de Jornalistas Alemães.

Todos eles afirmam ter décadas de experiência de reportagem em zonas de conflito.

"Conhecemos o risco. Estamos preparados para o correr. Deem-nos acesso à Faixa de Gaza. Deixem-nos trabalhar, no interesse de todos", afirmaram no documento.

O ataque de 07 de outubro causou a morte de cerca de 1.200, segundo as autoridades israelitas.

Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 97 continuam detidas em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo exército.

Em resposta, Israel invadiu a Faixa de Gaza e, após cerca de 11 meses de combates, foram mortas mais de 41.200 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza.

Leia Também: Problema da entrada de ajuda em Gaza "nunca fui logístico, mas político"

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