"Até que este episódio termine, a Junta recomenda tomar precauções como não praticar atividades ao ar livre, principalmente exercícios intensos, fechar portas e janelas para evitar a entrada de poeira nas residências, permanecer em ambientes húmidos e manter-se hidratado, principalmente no caso daquela população que pode estar mais sensível", indica o governo da região espanhola da Galiza em comunicado.
No 'site' MeteoGaliza, a Junta tem disponível um mapa com a situação atual do "pó em suspensão" na Galiza, com a localização, na geografia galega, "do nível e tamanho das partículas, bem como a previsão da sua possível chegada nos próximos dias".
A Junta explica que "as pessoas com doenças cardiocirculatórias ou pulmonares, principalmente asma ou DPOC [Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica], idosos, crianças e mulheres grávidas" são os que podem ser "mais afetados pela má qualidade do ar", devido "à elevação de partículas em suspensão".
O governo galego explica ainda que "o tamanho das partículas (PM) determina o perigo do pó para a saúde", sendo que as "partículas PM10, de 10 mícrons, são aquelas que podem causar efeitos nocivos à população, produzindo sintomas como irritação nos olhos, nariz, boca e garganta".
As partículas mas pequenas, "de 2,5 mícrones, também têm a capacidade de entrar nos pulmões e na corrente sanguínea", avisa.
Neste caso, as partículas "produzem, sobretudo, diminuição da capacidade respiratória, bem como desconforto no peito, tosse, palpitações, fadiga ou aumento da suscetibilidade a infeções respiratórias".
Isto, "pelo menos durante cinco dias após o início do episódio".
A Direção-Geral da Saúde (DGS) fez na segunda-feira recomendações sobre o que fazer em situação de inalação de fumos dos incêndios como retirar a pessoa do local e observar se apresenta queimaduras faciais e sinais de dificuldade respiratória.
A DGS avisou que "a inalação de fumos ou de substâncias irritantes químicas, e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias".
Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.
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