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Relatores da ONU condenam explosões em aparelhos eletrónicos

Vários relatores da ONU condenaram quinta-feira as explosões nos aparelhos de comunicação ocorridas nos últimos dias no Líbano e Síria, atribuídas a Israel, por considerarem que são "uma terrível violação da lei".

Relatores da ONU condenam explosões em aparelhos eletrónicos
Notícias ao Minuto

20/09/24 06:33 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Líbano e Síria

Estas explosões causaram, pelo menos, 37 mortos e cerca de três mil feridos.

 

"Estes ataques violam o direito à vida, na ausência de qualquer indício sobre uma ameaça letal iminente para qualquer outra pessoa nesse momento", indicaram os peritos em comunicado, onde realçaram que entre os mortos estão um menino e uma menina, além de trabalhadores do setor da saúde.

Estima-se ainda que cerca de 500 pessoas sofreram graves lesões oculares, entre as quais o embaixador do Irão no Líbano, Mojtaba Amani.

Os relatores solicitaram uma "investigação rápida e independente para apurar a verdade e permitir a prestação de contas necessária pela realização destes delitos de assassínios" e expressaram "a mais profunda solidariedade às vítimas destes ataques".

"No momento dos ataques não havia forma de saber quem tinha cada dispositivo e quem estava próximo", adiantaram, apontando que estes ataques "violam inevitavelmente o Direito Humanitário" dada a sua arbitrariedade, entre outras questões, "por não se poder verificar cada objetivo nem distinguir os civis".

Em particular, apontaram que "estes ataques podem constituir crimes de guerra", salientando que o Direito Internacional proíbe o uso de armas ocultas ou "disfarçadas de objetos portáteis aparentemente inofensivos quando estão especialmente concebidas e construídas com explosivos".

Disseram que são "armadilhas explosivas" ilegais.

Os relatores esclareceram que cometer "atos violentos destinados a semear o terror entre a população civil, inclusive para a intimidar ou dissuadir de apoiar um adversário também +é crime de guerra".

No seu texto, os relatores reclamaram uma investigação "rápida, eficaz, exaustiva, imparcial e transparente" sobre os ataques, para a qual se disponibilizaram a ajudar.

"Os Estados devem levar à justiça os que ordenaram e executaram estes ataques, inclusive no âmbito da jurisdição universal sobre crimes de guerra", especificaram.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou o caráter indiscriminado dos ataques, evidenciado pelas explosões registadas em locais estranhos ao âmbito militar ou com muita afluência e pessoas.

Israel ainda não se pronunciou sobre estes ataques.

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