Zelensky espera apoio de Biden para plano de vitória avançar até dezembro

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje esperar que o seu plano para a vitória contra a Rússia tenha o apoio de Joe Biden para "decisões rápidas" até dezembro, dias antes de se encontrar com o seu homólogo norte-americano.

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© Leon Neal/Getty Images

Lusa
20/09/2024 13:20 ‧ 20/09/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"No que toca ao plano para a vitória, gostaria de ser coerente e discutirei todos os pormenores, em primeiro lugar, com o Presidente dos Estados Unidos, porque, principalmente, as decisões sobre este plano dependerão dele, embora também de outros aliados", disse Volodymyr Zelensky em conferência de imprensa no palácio presidencial, em Kiev, juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

 

Insistindo que "há pontos que dependem diretamente da vontade positiva e do apoio dos Estados Unidos", o chefe de Estado ucraniano acrescentou esperar "sinceramente que ele [Joe Biden] apoie este plano" quando ambos se encontrarem na próxima semana.

"O plano tem por objetivo a tomada de decisões rápidas pelos nossos parceiros, sendo que essas decisões devem começar a ser implementadas a partir de outubro e até dezembro, não devem ser adiadas e prolongadas, e, nessa altura, acreditamos que o plano funcionará", vincou Volodymyr Zelensky.

As declarações surgem no dia em que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs que a União Europeia avance com 35 mil milhões de euros no empréstimo de 45 mil milhões de euros (50 mil milhões de dólares) do G7 à Ucrânia.

Questionado sobre tal apoio, o Presidente ucraniano indicou que as autoridades da Ucrânia pretendem "utilizar o dinheiro desses 35 mil milhões, em primeiro lugar, para o setor da energia, para a proteção, também para abrigos anti bombas para as crianças nas escolas, jardins-de-infância, e para instituições médicas".

A ideia será, também, financiar "armas, em primeiro lugar, fabricadas na Ucrânia, [como] drones".

"Além disso, os nossos drones atingem hoje alvos a distâncias muito grandes e são mais baratos do que as armas dos nossos parceiros, mas estamos gratos aos nossos parceiros por nos fornecerem as suas armas e, por isso, estamos dispostos a gastar alguns destes fundos na defesa aérea que não é produzida no nosso país", acrescentou.

A posição surge dois dias depois de Volodymyr Zelensky ter afirmado que aquele que classificou como plano para a vitória da Ucrânia contra a Rússia está totalmente preparado, falando num conjunto de medidas que permitirão colocar esta guerra no caminho para a paz.

Em dificuldades no terreno, perante uma vasta ofensiva russa no leste do país, a Ucrânia pediu ao Ocidente que a autorize a atacar alvos militares em solo russo e a ajude a abater mísseis apontados ao seu território, mas os norte-americanos e os europeus temem que isso possa levar Moscovo a uma escalada do conflito e a um confronto direto.

Zelensky decidiu que Kiev apresentará em novembro o seu plano para acabar com a guerra, numa cimeira de paz para a qual a Rússia será convidada.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Ofensiva em Kursk obrigou Rússia a deslocar 40 mil militares

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