O exército de Israel indicou que o ataque tinha como alvo combatentes do movimento islâmico palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
"Pelo menos 17 mártires, incluindo oito crianças e cinco mulheres, e mais de 30 feridos (...) após um ataque israelita com foguetes à escola al-Zaytoun C", disse o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Baçal, especificando que milhares de pessoas deslocadas pela guerra encontraram refúgio neste estabelecimento de ensino.
Segundo uma fonte médica do Hospital Baptista, em Gaza, até ao momento chegaram à morgue 17 corpos, a maioria de crianças e mulheres.
Várias pessoas ainda estão desaparecidas e as equipas de resgate estão a trabalhar para tentar encontrar sobreviventes nos escombros do edifício de três andares, atingidos por dois mísseis disparados por caças 'F16' israelitas.
Em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, fontes adiantaram tratar-se de um complexo escolar que contém três escolas da agência da ONU para os refugiados palestinianos no Médio Oriente (UNRWA) na cidade de Gaza. O alvo israelita era a terceira escola chamada Al Zaytoon C, no sul da capital de Gaza.
"Dê-me uma colcha para que possamos colocar dentro dela os corpos das crianças e os seus restos mortais", disse um socorrista num dos vídeos divulgados pela Defesa Civil logo após o ataque.
De acordo com um comunicado militar, o Exército israelita realizou "um ataque preciso" contra militantes do Hamas que planeavam ataques dentro da escola, agora convertida num "centro de comando e controlo do Hamas na Cidade de Gaza".
"Antes do ataque, foram tomadas inúmeras medidas para mitigar o risco de danos aos civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e inteligência adicional", acrescenta o texto.
Israel bombardeia regularmente escolas onde pessoas deslocadas se refugiam, alegando que também servem de esconderijo para militantes do Hamas. Desde outubro, mais de 500 centros educativos foram atacados no devastado enclave palestiniano.
A guerra no território palestiniano eclodiu a 07 de outubro de 2023, quando os comandos do Hamas levaram a cabo um ataque sem precedentes em solo israelita, que provocou a morte de 1.205 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas, que incluem reféns mortos ou mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Das 251 pessoas raptadas durante o ataque, 97 continuam detidas em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo exército.
Com mais 119 mortes nas últimas 72 horas, mais de 41.391 palestinianos foram mortos e 95.760 feridos na ofensiva israelita lançada em retaliação contra a Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo os dados mais recentes divulgados hoje pelo Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza, considerados fiáveis pela ONU.
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