Biden preocupado e a tentar evitar guerra "mais vasta" no Médio Oriente

O Presidente dos Estados Unidos afirmou estar preocupado com o aumento das tensões no Médio Oriente e que está a fazer "tudo ao seu alcance para evitar uma guerra mais vasta" na região.

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© Getty Images/ Andrew Harnik

Lusa
23/09/2024 06:27 ‧ 23/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Sim, estou preocupado. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar o desencadeamento de uma guerra mais vasta. Estamos a manter a pressão", disse, no domingo, Joe Biden, numa resposta breve aos jornalistas.

 

Também o porta-voz da Segurança Interna da Casa Branca, John Kirby, observou que a Administração Biden está a fazer "tudo o que está ao seu alcance para tentar evitar" que a situação atual "se transforme numa guerra total do outro lado da fronteira libanesa", face à escalada dos combates no Líbano entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah, no contexto da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza.

"Pensamos que há melhores formas de tentar fazer regressar os cidadãos israelitas às suas casas no norte do país e de manter em segurança os que lá estão, do que uma guerra, do que uma escalada e a abertura de uma segunda frente na fronteira libanesa contra o Hezbollah", disse ao canal de televisão norte-americano ABC News.

Questionado sobre as decisões do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sublinhou que as tensões "são muito mais elevadas agora do que eram há alguns dias" e isso "sublinha a importância de tentar encontrar uma solução diplomática".

Os confrontos entre Israel e o Hezbollah começaram um dia depois dos ataques do Movimento de Resistência Islâmica Hamas e de outras fações palestinianas em território israelita, em 07 de outubro de 2023, que levaram o exército israelita a desencadear uma ofensiva na Faixa de Gaza.

As tensões aumentaram nos últimos dias, especialmente depois de uma série de explosões coordenadas em presumíveis dispositivos de comunicação do Hezbollah, que causaram cerca de 40 mortos e cerca de três mil feridos. Grande parte da comunidade internacional, incluindo a ONU, manifestou preocupação com o carácter indiscriminado do ataque.

Pelo menos 45 pessoas morreram na sexta-feira no bombardeamento israelita em Beirute. Entre os mortos encontra-se Ibrahim Akil, um membro sénior do principal corpo militar do Hezbollah, identificado por Israel como um dos alvos do bombardeamento.

O Hezbollah respondeu durante o fim de semana disparando dezenas de projéteis contra Israel, incluindo um ataque a Haifa - pela primeira vez desde o início dos combates em outubro de 2023 - enquanto Israel intensificou os bombardeamentos contra alvos suspeitos do Hezbollah no sul do território libanês.

Leia Também: Médio Oriente. Macron defende que chave para a paz é "coexistência"

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