"Na quarta-feira, o chefe do exército de Israel sugeriu que estava a considerar uma invasão terrestre, tendo como alvo o Hezbollah [...]. O histórico recente de Israel e as declarações dos seus líderes sugerem que existe um risco mais amplo de atrocidades contra todos os libaneses", apontou a organização internacional, num texto publicado no seu 'site'.
A Human Rights Watch lembrou que, na semana passada, o ministro das Relações Exteriores de Israel pediu que o Líbano fosse "aniquilado" e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu dirigiu-se aos civis, prevendo ataques a áreas residenciais.
Segundo dados citados pela organização, mais de 90.000 pessoas já foram deslocadas do Líbano nos últimos cinco dias em que se registaram ataques aéreos.
A estas somam-se 110.000 que foram forçadas a abandonar as suas casas desde outubro.
Desde 23 de setembro, os ataques israelitas mataram mais de 700 pessoas no Líbano, incluindo mais de 50 crianças.
"Quando um partido, capaz de cometer atrocidades em massa, começa a sugerir que está disposto a cometer mais crimes e até mesmo toma ações consistentes com essas palavras, precisamos de ter uma resposta mais séria por parte da comunidade internacional", defendeu.
A Human Rights Watch pediu também aos principais aliados de Israel que suspendam a assistência militar e as vendas de armas a Israel, dado o risco real de que sejam usadas para cometer "graves abusos".
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