O presidente ultraliberal, que recebeu a atriz e empresária de 80 anos na Casa Rosada (sede do Executivo) na quinta-feira para a gravação da entrevista, afirmou que participará em janeiro na reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (CELAC), no país asiático.
Milei descreveu a China como um "parceiro comercial muito interessante" porque "não pede nada".
"A única coisa que pedem é para não serem incomodados", disse.
"Tivemos uma reunião com o embaixador [chinês, Wang Wei], no dia seguinte desbloquearam o 'swap'", revelou Milei, referindo-se à restruturação, em junho, do pagamento de cinco mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros) de uma troca cambial entre os dois países.
O Presidente argentino manifestou ainda o desejo de que Pequim e Buenos Aires possam expandir as relações económicas e comerciais e acrescentou que a Argentina está pronta a participar ativamente na cooperação entre a China e a América Latina.
Desde que chegou ao poder, em 10 de dezembro, Milei alinhou a política externa com os Estados Unidos, Israel, União Europeia e o "mundo livre", em detrimento de "pactos com os comunistas".
Em campanha eleitoral, Milei sugeriu que hesitaria em fazer negócios com a China, devido às restrições impostas por Pequim às liberdades individuais.
A China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina, depois do Brasil.
Milei optou também por não entrar no bloco de economias emergentes BRICS, fundado e 2009 por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O BRICS foi inicialmente constituído para reformar a arquitetura financeira internacional e proporcionar aos países em desenvolvimento posições políticas de maior importância na ordem internacional.
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