A pouco mais de um mês de os Estados Unidos escolherem um novo presidente, e com uma campanha marcada por violência - dadas as duas tentativas de assassinato a Donald Trump e os ataques às sedes de campanha de Kamala Harris -, a imprensa norte-americana tem vindo a relembrar alguns momentos marcantes na História do país.
Esta terça-feira, a CNN Internacional recupera as declarações de Clint Hill, o guarda-costas que tentou proteger John F. Kennedy quando este foi morto num atentando, em 1963.
O homem falou pela primeira sobre o assassinato no programa '60 Minutos', em 1975 e agora volta a fazê-lo num podcast lançado recentemente, chamado '60 Minutos: Um segundo olhar'.
Na altura o homem disse que se tivesse sido só um pouco mais rápido, JFK, como era conhecido o então presidente, teria sobrevivido. "Talvez houvesse algo que eu pudesse ter feito. Não sei", disse Hill na altura.
Em 1995, o '60 Minutos' voltou a pedir uma entrevista com o guarda-costas, que lhe respondeu: "A minha primeira entrevista foi uma experiência emocional muito maior do que eu achava que era possível. Ajudou-me a libertar algumas emoções que tinha presas".
Ao jornalista que lhe fez a entrevista, Mike Wallace, o agente agradeceu, dizendo que não tivesse sido esse momento em 1975 "talvez tivesse ficado numa situação horrível, da qual teria sido provavelmente difícil de sair".
Até hoje, Hill não se perdoou por completo, segundo o que escreve a CBS News. "O meu pai ensinou-me que, quando nos é dada uma tarefa, devemos fazê-la até estar totalmente concluída", explicou Hill a Doane, acrescentando: "Tinha a missão de manter vivos o presidente e a sra. Kennedy. Só mantive um deles. Um morreu no meu turno".
Depois da entrevista no '60 Minutos', as centenas de pessoas escreveram-lhe cartas, recordando a sua presença no programa emitido pela CBS.
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