"Se os americanos se envolverem em ações hostis contra o Irão ou se o inimigo sionista utilizar o espaço aéreo iraquiano para bombardear o território iraniano, todas as bases e interesses americanos no Iraque e na região serão um alvo para nós", sublinhou o Comité de Coordenação da Resistência Iraquiana, que engloba as milícias pró-Irão mais poderosas do país.
Esta mensagem surgiu depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter ordenado às Forças Armadas norte-americanas que abatessem mísseis que o Irão lançou hoje contra Israel.
As tropas norte-americanas estão presentes no Iraque enquanto lideram a coligação antijihadista internacional e têm sido alvo de ataques de milícias pró-Irão, especialmente desde o início da guerra em Gaza, há quase um ano.
O conselheiro de segurança nacional norte-americano, Jake Sullivan, e o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, garantiram que os EUA querem coordenar com Israel uma resposta ao Irão.
A Guarda Revolucionária iraniana confirmou o lançamento de mísseis contra Israel em resposta aos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
Mais tarde, a Guarda Revolucionária do Irão disse que atingiu "três bases militares" em redor de Telavive durante a operação.
Já o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, afirmou que a "vitória pertence aos defensores do que é justo", numa publicação nas suas redes sociais após o ataque.
A mensagem foi acompanhada por um vídeo em que Khamenei aparece acompanhado em várias imagens de arquivo por Haniyeh, Nasrallah e Qasem Soleimani, um antigo general à frente da Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) assassinado no Iraque pelos Estados Unidos em 2020.
O movimento islamita Hamas, em guerra com Israel na Faixa de Gaza, celebrou os "heroicos lançamentos de mísseis" do Irão contra Israel, considerando que é uma "mensagem poderosa ao inimigo sionista e ao seu governo fascista".
Também os rebeldes Huthis do Iémen manifestaram hoje o seu apoio ao ataque com mísseis do Irão, sublinhando que esta é a "única forma" de travar os "crimes brutais" perpetrados pelo Exército israelita na região.
"Dissuadir e confrontar a entidade inimiga sionista é a única forma de a deter e impedir que continue com os seus crimes brutais contra o povo palestiniano e libanês e na região", apontou o porta-voz dos Huthis, Abdulsalam Salá, nas suas redes sociais.
A missão Iraniana junto da ONU descreveu, em comunicado, o ataque como uma "resposta legal, racional e legítima aos atos terroristas do regime sionista contra cidadãos e interesses iranianos e por violação da soberania da República Islâmica".
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