"Todos os voos em todo o país serão cancelados até às 05h00 (02h30 em Lisboa) de quinta-feira, para garantir a segurança dos voos face à situação na região", anunciou o porta-voz da Organização de Aviação Civil iraniana, Jafar Yazerlu, informou a agência IRNA.
Na terça-feira à noite, o Irão tinha suspendido os voos até às 10h00 de hoje (07h30 em Lisboa), medida agora prorrogada face a uma possível retaliação israelita.
A Guarda Revolucionária do Irão lançou na terça-feira à noite um ataque com 200 mísseis balísticos contra Israel, em resposta aos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
Após o ataque, as autoridades políticas e militares insistiram que Teerão responderá de forma mais severa a uma retaliação israelita.
"Se o regime sionista não for controlado e tomar medidas contra o Irão, atacaremos todas as suas infraestruturas", disse o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major-general Mohammad Bagheri, citado pelas agências iranianas.
Paralelamente, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchí, manteve conversações com os seus homólogos do Reino Unido, França e Alemanha para tentar reduzir a tensão.
"A República Islâmica do Irão não procura aumentar a tensão e a guerra, embora não tenha medo disso. Alertamos qualquer ator para não interferir neste conflito", disse Araqchí aos seus homólogos europeus, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, em comunicado.
O ministro insistiu que "a República Islâmica do Irão apenas usou o seu direito à autodefesa com base no artigo 51.º da Carta das Nações Unidas", visando "exclusivamente as bases militares e de segurança do regime sionista".
Araqchí apelou a todos os países para que se esforcem por estabelecer um cessar-fogo em Gaza e no Líbano para evitar uma nova escalada das tensões no Médio Oriente.
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