Uma maratonista norte-americana perdeu um importante patrocinador depois de se ter descoberto que estaria a editar o perfil de outras atletas na internet, para que o título de melhor corredora fosse para si própria.
O esquema era protagonizado pela própria Camille Herron, de 42 anos, e pelo seu marido Conor Holt. Os dois são acusados de retirar e minimizar as conquistas das páginas da Wikipédia das suas concorrentes, enquanto enalteciam e acrescentavam feitos ao seu currículo nessa mesma página, denuncia a Canadian Running Magazine.
O casal terá retirado citações como "galardoada como uma das melhores corredoras de sempre" de perfis como os das ultramaratonistas Kilian Jornet e Courtney Dauwalter, para escrever na sua página pessoal que Camille era a mais galardoada de sempre.
A mulher terá negado as acusações na plataforma de redes sociais X, apesar de as edições terem sido rastreadas até ao seu correio eletrónico e ao endereço IP de Holt. Conor terá entretanto assumido as culpas do sucedido, garantindo que a mulher não sabia de nada.
A polémica fez com que a atleta perdesse um dos seus patrocinadores mais importantes.
Herron é uma atleta condecorada com 12 recordes mundiais de ultramaratonas. Em abril de 2022, tornou-se a mulher mais jovem a atingir os 100 mil quilómetros de corrida ao longo da vida.
A sua carreira, defendem muitos, foi estragada por uma polémica desnecessária que envolve uma atleta extraordinária, que não precisava que uma definição na Wikipédia a promovesse.
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