Depois do encontro, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, informou que na reunião, realizada a pedido dos diplomatas árabes, foi sublinhado que "todas as partes envolvidas devem abster-se de ações provocatórias e mostrar contenção".
A mesma fonte afirmou que os participantes na reunião apelaram ao fim imediato das ações de combate na zona do conflito israelo-palestiniano.
"Ao mesmo tempo, foi manifestada grande preocupação com os riscos crescentes de uma guerra de grandes proporções no Médio Oriente, com consequências devastadoras para toda a região, no contexto da resposta ao ataque do Irão com mísseis contra Israel no dia 01 de outubro", acrescentou.
Zakharova sublinhou que a Rússia está "extremamente preocupada com esta nova e perigosa escalada no Médio Oriente".
"Avisámos em numerosas ocasiões que a falta de resolução de uma série de crises nessa parte do mundo, em primeiro lugar e acima de tudo o conflito israelo-palestiniano, conduz a um novo agravamento da situação", indicou.
Israel prometeu punir o Irão pelos mísseis disparados contra o seu território na terça-feira à noite, ameaçando com uma resposta ainda mais forte se o país voltar a ser visado.
O bombardeamento iraniano de terça-feira foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.
Os israelitas têm bombardeado redutos dos xiitas libaneses do Hezbollah, incluindo ataques violentos no sul de Beirute na madrugada de hoje.
Desde o mês passado, Israel divergiu a atenção da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 contra o seu território pelo movimento islamita palestiniano Hamas, para proteger a sua fronteira norte com o Líbano, onde o exército de Telavive combate o Hezbollah.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
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