Rússia reúne diplomatas árabes e defende "contenção" regional

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, reuniu-se hoje com embaixadores de países árabes em Moscovo, defendendo conjuntamente que os envolvidos nos conflitos do Médio Oriente "devem abster-se de ações provocatórias e mostrar contenção".

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© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
02/10/2024 18:54 ‧ 02/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Depois do encontro, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, informou que na reunião, realizada a pedido dos diplomatas árabes, foi sublinhado que "todas as partes envolvidas devem abster-se de ações provocatórias e mostrar contenção".

 

A mesma fonte afirmou que os participantes na reunião apelaram ao fim imediato das ações de combate na zona do conflito israelo-palestiniano.

"Ao mesmo tempo, foi manifestada grande preocupação com os riscos crescentes de uma guerra de grandes proporções no Médio Oriente, com consequências devastadoras para toda a região, no contexto da resposta ao ataque do Irão com mísseis contra Israel no dia 01 de outubro", acrescentou.

Zakharova sublinhou que a Rússia está "extremamente preocupada com esta nova e perigosa escalada no Médio Oriente".

"Avisámos em numerosas ocasiões que a falta de resolução de uma série de crises nessa parte do mundo, em primeiro lugar e acima de tudo o conflito israelo-palestiniano, conduz a um novo agravamento da situação", indicou.

Israel prometeu punir o Irão pelos mísseis disparados contra o seu território na terça-feira à noite, ameaçando com uma resposta ainda mais forte se o país voltar a ser visado.

O bombardeamento iraniano de terça-feira foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.

Os israelitas têm bombardeado redutos dos xiitas libaneses do Hezbollah, incluindo ataques violentos no sul de Beirute na madrugada de hoje.

Desde o mês passado, Israel divergiu a atenção da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 contra o seu território pelo movimento islamita palestiniano Hamas, para proteger a sua fronteira norte com o Líbano, onde o exército de Telavive combate o Hezbollah.

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Leia Também: G7 diz que "é possível encontrar solução diplomática" no Médio Oriente

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