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Qatar quer criação de Estado palestiniano como solução para crise

O Emir do Qatar defendeu hoje a criação de um Estado palestiniano segundo as fronteiras de 1967 como "solução para uma paz duradoura" no Médio Oriente, perante uma situação que descreveu como um "genocídio coletivo".

Qatar quer criação de Estado palestiniano como solução para crise
Notícias ao Minuto

10:16 - 03/10/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"A solução de dois Estados, com o estabelecimento de um Estado palestiniano independente e viável nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital, é a chave para uma paz duradoura na região", afirmou Tamim bin Hamad al Thani na sua intervenção na reunião Diálogo de Cooperação na Ásia, que decorre em Doha.

 

O responsável criticou "a impunidade" de que goza Israel, apesar de ter "transformado a Faixa de Gaza num lugar inabitável", ao mesmo tempo que apelou à realização de "esforços sérios para um cessar-fogo para deter a agressão israelita contra o Líbano", noticiou a televisão do Qatar Al-Jazeera.

O recrudescimento do conflito na região começou com os ataques perpetrados a 07 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas contra o território israelita, que fizeram cerca de 1.200 mortos e levaram Israel a desencadear uma ofensiva sangrenta contra a Faixa de Gaza.

Os ataques israelitas já provocaram cerca de 41.700 mortos nessa região, a que se juntam mais de 700 na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Os ataques de 07 de outubro, denominados pelo Hamas e pelos seus aliados como 'Inundação de Al Aqsa', levaram também à abertura de uma frente de conflito na fronteira entre Israel e o Líbano, com combates constantes desde há mais de 11 meses que culminaram com uma nova invasão do território libanês por Israel.

Além disso, os rebeldes Huthi no Iémen e as milícias pró-Irão no Iraque lançaram mísseis e drones contra Israel em resposta à sua ofensiva contra Gaza. Em retaliação, Israel bombardeou territórios no Líbano, na Síria e no Iémen.

Na terça-feira, foi a vez de o Irão lançar um ataque com mísseis contra Israel (o segundo desde abril), que descreveu como uma resposta à morte, em julho, do líder do braço político do Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral do Hezbollah, Hasan Nasrallah, num bombardeamento realizado na sexta-feira passada por Israel contra a capital do Líbano, Beirute.

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