"Há elementos que indicam que pode ser esse o caso, (em particular) a escolha do alvo e o 'modus operandi'. Mas isto é uma hipótese e não um facto comprovado", indicou Fredrik Hallstrom, quando questionado sobre o possível envolvimento do Irão nos incidentes.
Na noite de terça-feira registaram-se explosões junto à embaixada israelita na Dinamarca, provavelmente provocadas pelo lançamento de granadas. Dois jovens suecos, de 16 e 19 anos, suspeitos de transportarem cinco granadas e de terem lançado duas delas, segundo a acusação, foram detidos por um juiz durante 27 dias.
Já na Suécia, foram disparados tiros contra a embaixada por volta das 18:00 locais (17:00 de Lisboa) de terça-feira, sem causar feridos.
Questionado sobre o papel dos grupos criminosos nestes incidentes e sobre uma possível ligação entre os dois, Johan Olsson, chefe da polícia nacional, também presente na conferência de imprensa, recusou-se a comentar por estar a decorrer uma investigação.
Segundo o diário sueco SvD, a polícia suspeita que a rede criminosa Foxtrot, dirigida por Rawa Majid, esteja por detrás dos ataques registados em Estocolmo e Copenhaga, em nome do regime de Teerão.
O mesmo jornal avançou que a "missão" de atacar a embaixada em Copenhaga foi mencionada numa mensagem cifrada ligada a este grupo criminoso.
No final de maio, os serviços secretos suecos afirmaram que o Irão estava a recrutar membros de grupos criminosos suecos para levar a cabo "atos de violência" contra Israel, o que foi recusado por Teerão.
A embaixada de Israel na Suécia já foi alvo de incidentes este ano, designadamente com uma granada encontrada nas instalações em fevereiro e tiros disparados nas proximidades em meados de maio.
As explosões e os tiroteios perto das embaixadas nórdicas de Israel ocorrem num contexto de extrema tensão no Médio Oriente, com o Irão a disparar na terça-feira cerca de 200 mísseis contra Israel, que prometeu que Teerão "pagará o preço".
A par da guerra em curso na Faixa de Gaza entre as forças israelitas e o grupo islamita palestiniano Hamas - que já estava a desestabilizar toda a região do Médio Oriente -, Israel abriu uma nova frente no Líbano e iniciou uma ofensiva contra o movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.
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