"Expressamos a nossa profunda preocupação com a deterioração da situação no Médio Oriente", realçaram os líderes dos sete países mais industrializados do mundo, numa declaração conjunta.
Os líderes condenaram "com a maior firmeza o ataque militar direto do Irão contra Israel", que representa "uma séria ameaça à estabilidade regional".
"Um ciclo perigoso de ataques e retaliações corre o risco de alimentar uma escalada incontrolável no Médio Oriente, que não é do interesse de ninguém", sublinharam ainda.
O G7 apelou também aos intervenientes regionais para que atuem "com responsabilidade e moderação" e incentivaram "todas as partes a empenharem-se de forma construtiva para acalmar as tensões atuais".
"O direito internacional humanitário deve ser respeitado", vincaram.
No que diz respeito ao Líbano, os líderes do G7 recordaram "a necessidade de uma cessação das hostilidades o mais rapidamente possível, de forma a criar espaço para uma solução diplomática".
A Guarda Revolucionária iraniana bombardeou Israel com mísseis balísticos na terça-feira à noite, em retaliação pela morte do líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano em Beirute, num bombardeamento israelita, a 27 de setembro, e pelo assassínio do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, em julho.
A ofensiva de terça-feira ocorreu num contexto de tensões acrescidas na região, depois de Israel ter anunciado, na segunda-feira, o envio de tropas para o sul do Líbano para desmantelar as infraestruturas do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, após mais de uma semana de pesados bombardeamentos israelitas no sul e no leste do Líbano.
Segundo as autoridades libanesas, os bombardeamentos israelitas já provocaram a morte de cerca de 2.000 pessoas e deixaram um milhão de desalojados.
As trocas de ofensivas através da fronteira comum entre Israel e o Hezbollah decorrem desde 08 de outubro, um dia depois do ataque sem precedentes do movimento islamita Hamas em território israelita, em que foram mortas 1.205 pessoas e sequestradas 251, que levou Israel a desencadear uma guerra sangrenta para "erradicar" o Hamas na Faixa de Gaza, que já matou quase 41.800 pessoas.
O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um "Eixo de Resistência" apoiado pelo Irão contra Israel.
Leia Também: Cisjordânia. Autoridade Palestiniana relata 18 mortos em ataque israelita