Pyongyang "utilizará sem hesitação todos os meios ofensivos à sua disposição, incluindo as armas nucleares" se "o inimigo" atacar com "forças armadas", afirmou, no meio de fortes tensões com o vizinho do sul.
Kim referia-se à aliança entre a Coreia do Sul, que não possui armas atómicas, e os Estados Unidos, em cuja força de dissuasão se apoia.
Num comunicado conjunto divulgado hoje, os chefes de Estado-Maior da Coreia do Sul acusaram o líder norte-coreano de "ameaçar a segurança de milhões dos cidadãos" com os seus últimos comentários.
"Deixamos claro que os nossos objetivos estratégicos e militares não visam o povo norte-coreano, mas apenas Kim Jong-un", lê-se na nota.
Os comentários do líder norte-coreano surgiram depois de a Coreia do Sul ter celebrado terça-feira o Dia das Forças Armadas.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, aproveitou a oportunidade para afirmar que Kim enfrentaria o "fim do seu regime" se utilizasse armas nucleares, ameaçando com uma "resposta resoluta e esmagadora" do exército sul-coreano e da aliança Seul-Washington.
Dezenas de milhares de soldados norte-americanos estão destacados na Coreia do Sul.
Em resposta, Kim Jong Un descreveu Yoon como um "fantoche" e um "homem anormal", segundo a KCNA.
Em meados de setembro, a Coreia do Norte divulgou pela primeira vez imagens das suas instalações de enriquecimento de urânio, tendo o líder do país voltado a apelar ao desenvolvimento do arsenal nuclear do seu país.
Nos últimos anos, as relações entre as duas Coreias raramente foram tão tensas como atualmente. No início de agosto, Pyongyang anunciou a instalação de 250 lançadores de mísseis na fronteira com o Sul.
[Notícia atualizada às 19h52]
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