Hvaldimir, uma baleia beluga acusada de ser uma espia russa encontrada sem vida na costa norueguesa no final de agosto, terá morrido devido a uma infeção e não de ferimentos de bala, como tinha sido avançado por um grupo de ativistas em setembro.
A baleia foi encontrada morta numa baía na costa sudoeste da Noruega e, segundo as associações de defesa dos direitos dos animais, teria sido morta a tiro, o que levou a que fosse apresentada uma queixa às autoridades norueguesas.
O Instituto Veterinário Noruguês realizou então uma autópsia ao corpo da baleia e encontrou um pau com 35 centímetros alojado na sua boca.
"O relatório concluiu que a causa provável da morte foi uma infeção bacteriana, possivelmente resultado de feridas na boca causadas por um pau que ficou preso", disse o polícia Amund Preede Revheim, num comunicado divulgado esta sexta-feira, citado pela agência France-Presse (AFP).
"O pau pode também ter dificultado a alimentação de Hvaldimir, aumentando assim o risco de infeção", acrescentou.
Segundo o responsável, "não há nada que sugira que Hvaldimir foi morto ilegalmente" e, por isso, não será aberta uma investigação.
A baleia beluga ganhou fama em 2019 e levantaram-se suspeitas de que poderia estar envolvida em espionagem, após ter sido avistada em águas norueguesas com um arnês onde se lia "Equipamento de São Petersburgo".
Tornou-se conhecido localmente como Hvaldimir, um trocadilho com a palavra norueguesa 'hval', que significa baleia, e o nome do presidente russo, Vladimir Putin.
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