No total, "250 terroristas do Hezbollah, incluindo 21 comandantes, foram eliminados em quatro dias de operações (...) no sul do Líbano", afirmou o exército num comunicado, indicando que 100 deles foram mortos só nas últimas 24 horas.
Os milicianos do grupo pró-iraniano morreram tanto nos constantes bombardeamentos de Israel contra o sul do Líbano -- ainda hoje de manhã o exército ordenou a evacuação de 36 aldeias que se tornaram alvos da aviação israelita -- como nos combates terrestres.
No comunicado, as forças armadas israelitas especificaram que mais de 2.000 alvos militares foram atacados.
Nove soldados israelitas morreram até agora como resultado destas hostilidades, que começaram quando o exército lançou as suas operações terrestres "limitadas" no sul do Líbano na noite de segunda para terça-feira.
"Sob a direção da 36.ª Divisão, os soldados da 188.ª Brigada Blindada realizaram incursões terrestres limitadas e localizadas", afirmou hoje de manhã um comunicado militar sobre os movimentos dos operacionais.
Os soldados agiram contra centros de comando do Hezbollah incorporados, segundo alegou o exército, em aldeias civis.
"Nas últimas 24 horas, as tropas descobriram munições para lançadores de 'rockets', mísseis antitanque e foguetes dentro de uma residência", acrescentaram as forças armadas, que afirmaram ter encontrado um esconderijo junto a uma cama num quarto que exibia uma pintura com a figura do falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Israel matou o líder do grupo pró-iraniano na passada sexta-feira em Beirute, ação que desencadeou um ataque massivo por parte do Irão - também em retaliação pela morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão -- contra o território israelita.
A República Islâmica reivindicou o lançamento de cerca de 200 mísseis balísticos.
Na madrugada de hoje, aviões israelitas bombardearam vários alvos nos subúrbios a sul de Beirute, zona conhecida como Dahye, onde a intensidade dos ataques provocou o desabamento de vários edifícios e onde a imprensa hebraica afirma que visavam o candidato a líder do grupo xiita do Hezbollah, Hashem Safi al-Din.
Israel e o Hezbollah estão em clima de confronto desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, mas a violência atingiu um nível sem precedentes há cerca de dez dias, quando as forças israelitas iniciaram uma campanha de bombardeamentos maciços, que devastou vilas e cidades inteiras.
Neste contexto, desde a semana passada, a zona de Dahye, um importante bastião do Hezbollah nos arredores da capital libanesa, é alvo de intensas vagas de ataques aéreos quase que diariamente.
Desde o início das hostilidades, os ataques de Israel mataram mais de mil pessoas e forçaram 1,2 milhões a abandonar as suas casas, principalmente no sul e no leste do país mediterrânico.
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