Segundo o SNTP, "com o encerramento do Diário La Voz, para além de se violarem os direitos à liberdade de expressão e ao acesso à informação, 50 trabalhadores diretos ficam sem emprego".
O encerramento, segundo o Colégio Nacional de Jornalistas (CNP, na sigla em castelhano), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, teve lugar na quinta-feira e estará em vigor durante oito meses, até maio de 2025.
"É uma medida administrativa que afeta o direito à liberdade de expressão. Condenamos este novo ataque à imprensa que tem por objetivo limitar o direito de informar e ser informado", afirmou o CNP na rede social X.
Segundo a imprensa local, o organismo fiscal "alegou que a carteira fiscal do meio de comunicação não estava atualizada".
Cerraron el Diario La Voz. Lo hizo la dictadura chavista. Lo hacen de manera cobarde, burda. Este tipo de acciones confirma la bajeza con la que han actuado y actúan. Fascismo puro y rojo. pic.twitter.com/DT5cvUfmGy
— Jean C. Rodríguez (@JeanCRodriguez_) October 4, 2024
As dificuldades económicas e as políticas restritivas do Governo venezuelano, mudanças no padrão de consumo da população, entre outros fatores, fizeram com que nos últimos anos mais de 70 jornais deixassem de circular em versão impressa.
Em 2018, pelo menos 40 jornais de circulação nacional e regional cessaram operações e outros 13 reduziram as suas edições, tentando manter-se no mercado, segundo a ONG de defesa da liberdade de expressão Espaço Público.
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