Homenagem a vítimas dos atentados do Hamas em Israel será reduzida

A homenagem civil às vítimas dos atentados do Hamas de 07 de outubro em Israel terá audiência restrita, em vez do grande público previsto inicialmente, por causa das restrições a reuniões impostas devido à guerra, anunciaram os organizadores.

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© REUTERS/Ronen Zvulun

Lusa
05/10/2024 21:10 ‧ 05/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"A cerimónia de homenagem nacional no parque Yehoshua Gardens será realizada na presença de um público limitado a familiares", refere um comunicado emitido pelos organizadores hoje à tarde.

 

Os organizadores apelam também a quem tinha bilhetes, a assistir à cerimónia "na sua área residencial, de forma comunitária, e a juntarem-se às 19:10 a um minuto de silêncio em solidariedade com as famílias que estarão no parque".

A cerimónia terá lugar na segunda-feira, 07 de outubro, às 07:00 locais (04:00 GMT), assinalando um ano desde o ataque dos milicianos palestinianos em Gaza que, liderados pelo Hamas, mataram cerca de 1.200 israelitas e raptaram 251, 97 dos quais permanecem na Faixa de Gaza, estimando os militares que cerca de 30 tenham morrido.

O ataque desencadeou uma intensa ofensiva israelita contra Gaza, que causou a morte de cerca de 42.000 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, neste último ano.

Atualmente, as reuniões na zona onde se realiza o evento que assinala um ano sobre o atentado estão limitadas a 1.000 pessoas devido à situação de segurança que Israel vive neste momento, marcada pela guerra do exército israelita contra o Hezbollah no Líbano e por causa do recente ataque iraniano que o Estado hebreu viveu na passada terça-feira.

O exército israelita disse hoej que as suas forças estavam em alerta máximo antes do aniversário do ataque do Hamas a Israel a 07 de outubro, alegando que os combatentes estavam a tentar levar a cabo ataques no país.

"Esta semana vamos assinalar o aniversário da guerra e o dia 7 de outubro. Estamos prontos para aumentar as nossas forças em antecipação a este dia", devido ao receio de ataques por parte dos rebeldes", disse o porta-voz do exército, o contra-almirante Daniel Hagari, numa conferência de imprensa televisiva, sem dar mais pormenores.

O Presidente israelita, Isaac Herzog, afirmou também hoje que o Irão e os seus "representantes" significam uma "ameaça permanente" para o seu país, antes das cerimónias de homenagem às vítimas do ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas, a 07 de outubro de 2023.

Numa mensagem dirigida às comunidades judaicas de todo o mundo, o Presidente denunciou "a ameaça permanente que o Irão e os seus representantes terroristas representam para o Estado (de Israel), que estão cegos pelo ódio e determinados a destruir o nosso único Estado-nação judeu", segundo um comunicado da Presidência.

Cerca de 180 mísseis lançados pela República Islâmica entraram em território israelita na terça-feira, fazendo disparar as sirenes antiaéreas em todo o país e obrigando a população a refugiar-se em poucos minutos.

Um homem palestiniano de Jericó, no sul da Cisjordânia, foi a única vítima mortal do ataque, quando os destroços da interceção de um dos mísseis caíram sobre ele.

Desde o ataque, a maior parte do território de Israel está sujeita a restrições de concentração, especialmente o norte do país.

Leia Também: Manifestação pró-Palestina em Londres apela a cessar-fogo 

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