"Estamos em frente à Casa Branca depois de um ano de genocídio dos palestinianos. Um ano de massacres, de bombardeamentos, de matança de bebés, sob a cumplicidade e o silêncio internacional e com os Estados Unidos a financiar um massacre absoluto", afirmou um dos porta-vozes da marcha, organizada por grupos como o Movimento da Juventude Palestiniana e o Comité Anti Discriminação Árabe-Americano (ADC).
A gritarem "Palestina livre", os manifestantes apelaram ao fim da guerra, em vésperas do primeiro aniversário dos ataques do Hamas a Israel, que aconteceu a 07 de outubro de 2023, e da subsequente ofensiva israelita em Gaza, que já fez mais de 41.000 mortos.
Com cartazes com mensagens como "acabem já com o cerco a Gaza", os manifestantes gritaram acusando Benjamin Netanyahu de brincar a "matar crianças" e Israel de ser "um Estado de terror".
"Vergonha" foi outra das palavras de ordem contra o Presidente dos EUA, Joe Biden, que continua a manter a sua política de enviar toda a ajuda necessária a Israel.
Mas também se manifestaram contra a candidata democrata à presidência, a vice-presidente Kamala Harris, que não mostrou uma visão diferente de Biden sobre o assunto.
A marcha decorreu sem incidentes e contou com a presença de pessoas como Anani, uma rapariga de 18 anos que participou no protesto com a mãe e o irmão, levando cartazes que desenhou para pedir "que o genocídio pare", explicou à agência de notícias espanhola EFE.
Anani inspirou-se num vídeo que chegou recentemente da Cisjordânia e que mostra um homem a enfrentar os tanques israelitas. "Inspirei-me na sua coragem face a estas enormes máquinas de guerra", afirmou.
O outro cartaz é inspirado no poeta palestiniano Mosab Abu Toha, nas "palavras do seu poema" sobre "a forma como os palestinianos resistem perante tanta brutalidade".
"É simplesmente bárbaro o que temos visto e não pode continuar, é inaceitável", disse, enquanto a sua mãe, Laura, criticou a atitude "horrível" dos EUA, o principal benfeitor de fundos para Israel.
"Acho que é horrível, é inconsciente, é ilegal, é uma violação do direito internacional. Temos um planeta em crise climática global, tanta injustiça e temos de acabar com a violência", afirmou.
A marcha na capital norte-americana foi uma das muitas que se realizaram hoje e que vão realizar-se nos próximos dias em todos os Estados Unidos e em centenas de cidades do mundo.
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