Forças ucranianas reivindicam ataque a terminal petrolífero na Crimeia

O exército ucraniano reivindicou hoje ter atingido durante a noite o maior terminal petrolífero da Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014, com as autoridades russas a relatarem um grande incêndio.

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Lusa
07/10/2024 10:37 ‧ 07/10/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Esta noite, as forças de defesa realizaram um ataque bem-sucedido a um terminal petrolífero marítimo inimigo" ao serviço do exército russo em Feodosia, uma cidade no leste da Crimeia, disse o Estado-Maior ucraniano nas redes sociais.

 

O ataque a este local, "o maior da Crimeia em termos de volume de produtos petrolíferos processados", foi efetuado com mísseis, acrescentou o exército, citado pela agência francesa AFP.

A Ucrânia já tinha utilizado mísseis de longo alcance, nomeadamente para atacar o quartel-general da frota russa do Mar Negro em Sebastopol (leste da Crimeia) em setembro de 2023.

Nos últimos meses, os ataques ucranianos têm sido efetuados principalmente com 'drones' de combate, com Kiev a lamentar a falta de mísseis e a culpar os atrasos nas entregas ocidentais.

As autoridades russas de ocupação na Crimeia comunicaram um incêndio num depósito de petróleo em Feodosia, sem mencionar o ataque ucraniano e garantindo que o incidente não causou vítimas.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram pelo menos duas grandes colunas de fumo negro a subir para o céu.

Pouco depois do comunicado ucraniano, o presidente da câmara de Feodosia, Igoo Tkachenko, decretou "o regime de emergência de nível municipal" devido a "um incêndio no território do terminal petrolífero marítimo".

A agência russa TASS noticiou que as autoridades municipais estavam a retirar cerca de 300 pessoas dos locais próximos do depósito de combustível.

"De acordo com as últimas informações, não há vítimas nem feridos", disse a TASS, sem se referir à reivindicação do exército ucraniano.

As autoridades locais disseram também que parte da cidade estava sem eletricidade e que os comboios pendulares tinham sido suspensos, segundo a AFP.

"As medidas para minar o potencial militar e económico da Federação Russa continuam. Haverá mais", acrescentou o Estado-Maior das forças da Ucrânia, citado pela agência espanhola EFE.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra entre os dois países vizinhos não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

A Rússia já tinha invadido e anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Leia Também: Dois mortos na região de Donetsk devido a ataques da Rússia

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