Mais de uma dezena de procuradores-gerais de estados norte-americanos instauraram processos judiciais esta terça-feira contra o TikTok, acusando a rede social de prejudicar o bem-estar das crianças ao usar estratégias que as deixam viciadas.
Ao todo contam-se 13 estados, uma cidade e um distrito dos EUA -California, Illinois, Kentucky, Louisiana, Massachusetts, Mississippi, New Jersey, Nova Iorque, Carolina do Norte, Oregon, Carolina do Sul, Vermont, Washington, bem como a cidade de Washigton D.C. e o distrito de Columbia -, que alegam, numa série de processos, que a TikTok violou as leis locais de proteção do consumidor.
Segundo os mesmos, a forma como a aplicação de partilha de vídeos foi feita conduz a uma utilização compulsiva, expondo as crianças a riscos de doenças de foro mental e físico. Acusam ainda a empresa, propriedade do gigante tecnológico chinês ByteDance, de enganar os consumidores sobre a segurança da sua plataforma para as crianças.
No centro das ações judiciais está o algoritmo do TikTok, que controla o que os utilizadores veem na plataforma, preenchendo o 'feed' principal com conteúdos adaptados aos interesses das pessoas.
Mas o design também é um problema por ter a possibilidade de passar de conteúdo em conteúdo sem parar. Apontaram, ainda, o dedo às notificações push e aos filtros do rosto, que criam aparências inatingíveis para os utilizadores.
As queixas representam a segunda tentativa dos Estados Unidos de responsabilizar uma grande empresa de redes sociais por uma crise de saúde mental dos jovens nos Estados Unidos. No ano passado, também abriram processos judiciais semelhantes contra o Facebook e o proprietário do Instagram, a Meta.
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