"O evento de 12 de outubro de 2024 está adiado", indicaram as Forças Armadas norte-americanas num comunicado, referindo ainda que os anúncios sobre futuras reuniões do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia "serão feitos em breve".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou que queria estar presente nesta cimeira na base militar dos Estados Unidos da América (EUA) em Ramstein (oeste da Alemanha), numa altura em que a Ucrânia enfrenta grandes dificuldades por causa das tropas russas na frente oriental, dois anos e meio após a invasão ordenada pelo seu homólogo russo, Vladimir Putin.
A par do presidente Joe Biden, também planeavam participar no encontro o chanceler alemão, Olaf Scholz, o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Zelensky compareceu à última reunião do formato Ramstein no final de setembro, que se realizou a nível de ministros da Defesa, para exigir mais armas face ao avanço russo no terreno.
Na mesma ocasião, o presidente ucraniano também solicitou autorização para utilizar armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente para atacar alvos militares dentro da Rússia, mas sem sucesso.
Na terça-feira, o presidente norte-americano decidiu não viajar para a Alemanha e depois para Angola no final da semana face "à trajetória e à potência prevista para o furacão Milton" e ao potencial impacto da intempérie em várias regiões dos EUA, informou a Casa Branca.
Biden decidiu adiar a sua viagem, para data não especificada, para "supervisionar os preparativos e a resposta" a este poderoso furacão, que deverá atingir hoje a Florida, referiu a Presidência norte-americana.
Outra reunião planeada para a manhã de sábado entre Olaf Scholz, Joe Biden, Emmanuel Macron e Keir Starmer também foi adiada, disse hoje o porta-voz do chanceler alemão, Steffen Hebestreit, durante uma conferência de imprensa em Berlim.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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