Em comunicado, os israelitas referiram que as milícias do Hezbollah "cavaram túneis, instalaram armas e construíram postos de observação atrás da fachada de uma ONG ambiental no sul do Líbano".
As forças israelitas acrescentaram que "eliminaram estas ameaças".
Na sua ofensiva contra Gaza, o Exército israelita bombardeou instalações civis de todo o tipo, desde hospitais a escolas, passando por gabinetes de agências das Nações Unidas, ambulâncias ou transportes de pessoal de organizações humanitárias, garantindo que estavam a ser utilizadas por combatentes do movimento islamita palestiniano Hamas.
No comunicado de hoje, as FDI sublinharam que, durante as operações militares em território libanês, que descreveram como "incursões limitadas e localizadas", as tropas mataram "numerosos milicianos, (...) destruíram infraestruturas subterrâneas e desmantelaram mais de 500 infraestruturas operacionais inimigas e complexos de combate, incluindo instalações de armazenamento de armas".
O Hezbollah, para além de ter um braço político e uma milícia armada, também gere organizações de caridade, de saúde, religiosas ou ambientais.
O Exército israelita bombardeou mais de 200 "alvos militares" nas últimas 24 horas, incluindo grupos de combatentes, armazéns de armas e pontos de observação, quer no Líbano, quer em Gaza.
O Ministério da Saúde libanês, por sua vez, informou que pelo menos 22 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas e 80 ficaram feridas pelos ataques israelitas contra o Líbano, incluindo quatro num apartamento localizado num hotel que acolheu famílias deslocadas pela guerra ao norte da cidade de Sídon, no sul do Líbano.
As forças israelitas detalharam que decorreram combates "a curta distância" no sul do Líbano com milicianos do Hezbollah, enquanto o movimento xiita detalhou que enfrentaram tropas israelitas ao longo de toda a fronteira, onde Israel destacou cerca de 15.000 soldados para reforçar a sua invasão do sul do Líbano.
Após ter enfraquecido o Hamas numa ofensiva em Gaza em represália pelo ataque do grupo palestiniano em 07 de outubro de 2023, Israel transferiu a maior parte das operações contra o Hezbollah no vizinho Líbano em meados de setembro.
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