"Ouvi-o. Não posso dizer se ele me ouviu, mas não ouvi nada de novo", disse Blinken aos jornalistas.
O chefe da diplomacia norte-americana deixou claro que não teve qualquer contacto direto com o seu homólogo, naquele que foi um dos raros momentos que partilharam a mesma sala.
"Penso que todos os países presentes nesta sala, sem falar em seu nome, deixaram claro que esta agressão tem de parar, não só porque é uma agressão contra o povo ucraniano, mas também porque é uma agressão contra os princípios que estão no centro do sistema internacional", afirmou.
"É surpreendente que tantos países do outro lado do mundo, na região do Indo-Pacífico, estejam a interessar-se pelo que se passa na Ucrânia, porque sabem que se um país puder agir com impunidade e cometer atos de agressão, isso é um sinal para potenciais agressores em todo o mundo", continuou Blinken.
Apesar das observações de Blinken sobre o consenso na cimeira, Washington está cada vez mais preocupado com o apoio da China à Rússia, sob a forma de exportações industriais avançadas que não constituem um apoio militar direto.
A Índia, que mantém relações cordiais com os Estados Unidos, também irritou Washington ao recusar-se a aderir às sanções ocidentais contra Moscovo.
O Presidente Joe Biden e a Vice-Presidente Kamala Harris, a candidata democrata às eleições presidenciais de novembro, comprometeram-se a apoiar a Ucrânia a longo prazo e prometeram não negociar com a Rússia nas costas de Kiev.
A sua posição contrasta fortemente com a do candidato republicano, Donald Trump, que se comprometeu a pôr rapidamente fim ao conflito ucraniano.
Os democratas sugeriram que Trump ameaça suspender a ajuda à Ucrânia para forçar o país a fazer concessões territoriais.
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