"Ursula von der Leyen e Manfred Weber anunciaram a sua intenção de derrubar o Governo húngaro. Até nomearam os membros do novo Governo", disse o presidente húngaro em declarações à rádio pública Kossuth.
Segundo Orbán, o facto de estes líderes conservadores alemães terem promovido um novo governo "é invulgar", acrescentando que "os húngaros não querem isso" e que o executivo não o observará "de braços cruzados".
O primeiro-ministro aludiu ao debate que surgiu no Parlamento Europeu na quarta-feira quando apresentou o programa da presidência húngara da União Europeia (UE) para este semestre.
Tanto Von der Leyen como Weber, bem como outros líderes da UE, criticaram severamente as políticas de Orbán em relação à Ucrânia e a tendência autoritária da democracia na Hungria.
A presidente da Comissão Europeia acusou Orbán de culpar os invadidos e não o invasor no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, enquanto o presidente do PPE criticou a situação do Estado de direito na Hungria.
Weber, por sua vez, disse que "Péter Magyar derrotará Orbán" e afirmou que Tisza, o partido por ele liderado, "é o futuro" da Hungria.
Orbán considerou que os sociais-democratas europeus apoiam Klára Dobrev, uma das líderes da oposição Coligação Democrática na Hungria.
Magyar, que aderiu ao PPE, é um antigo colaborador de Orbán que preside o Tisza, atualmente o partido da oposição mais popular na Hungria, com uma intenção de voto de 33% nas sondagens, atrás apenas do Fidesz, o partido de Orbán, que continua a reunir 42% de apoio.
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