"Penso que é urgente, à luz de tudo o que está a acontecer no Médio Oriente, que a comunidade internacional pare de exportar armas para Israel. É uma urgência e um apelo que vou fazer ao conjunto da comunidade internacional", disse Pedro Sánchez a jornalistas, em Roma, após uma audiência com o Papa Francisco, no Vaticano.
Sánchez garantiu que o Governo de Espanha deixou de exportar qualquer armamento ou equipamento militar para Israel, numa "posição determinada" de "não contribuir de nenhuma forma para a escalada da guerra" no Médio Oriente.
O primeiro-ministro de Espanha reiterou a "firme condenação a qualquer tipo de violação, de ataque" do Direito Internacional Humanitário e do Direito Internacional em Gaza, na Cisjordânia e no Líbano.
Em relação ao Líbano, fez uma crítica e condenação concreta aos ataques à missão das Nações Unidas no país "por parte das Forças Armadas israelitas".
"Parece-nos algo absolutamente condenável, repreensível, e serve para nos recordar a urgência de pôr termo à violência, de pôr termo a esta espiral de violência no Líbano, em Gaza e na Cisjordânia, e que podemos, de uma vez por todas, encontrar uma via diplomática de resolver os conflitos em termos pacíficos", afirmou.
"Estamos a falar na urgência de o Governo de Israel parar com estas hostilidades que estão a violar o Direito Internacional, porque está a invadir um país terceiro, neste caso, o Líbano, e também o Direito Internacional Humanitário", em Gaza e na Cisjordânia, acrescentou.
Sánchez esteve hoje reunido durante 35 minutos com o Papa e disse ter abordado "a paz e o fim da guerra, tanto na Ucrânia como no Médio Oriente" com o líder da Igreja Católica.
Leia Também: China condena veementemente disparos israelitas contra as forças da ONU