Segundo as mesmas fontes do Ministério de Negócios Estrangeiros (MNE) citadas pela EFE, Espanha queixou-se dos ataques "injustificados" dos últimos dois dias, em que ficaram feridos quatro capacetes azuis das Nações Unidas.
Espanha tem mais de 600 militares na FINUL e a força é liderada por um militar espanhol.
Nenhum dos feridos nos ataques israelitas é espanhol.
As mesmas fontes disseram à EFE que o Governo de Madrid se queixou também de "comentários recentes sobre Espanha e os espanhóis".
Em causa estão afirmações do Governo israelita de que Espanha se está a converter "num paraíso para semear o ódio e a destruição" de Israel por causa de manifestação no fim de semana passado em Madrid que, segundo Telavive, foi convocada por um grupo ligado a grupos terroristas palestinianos.
Israel retirou em maio o embaixador que tinha em Espanha, por o governo de Madrid ter reconhecido o Estado da Palestina.
O exército israelita admitiu hoje que as suas tropas atingiram por engano bases da missão de manutenção da paz da ONU no Líbano (UNIFIL) em confrontos com o Hezbollah.
Num comunicado, citado pela agência noticiosa italiana ANSA, as Forças de Defesa de Israel (FDI) sublinharam, porém, que as milícias xiitas pró-iranianas estavam a utilizar estruturas civis e as forças da ONU como escudos humanos.
O exército israelita manifestou "profunda preocupação com incidentes desta natureza" depois de dois soldados indonésios terem sido feridos na quinta-feira.
"As FDI tomam todas as precauções para minimizar os danos aos civis e às forças de manutenção da paz", adiantam.
"Dado o ambiente operacional complexo e difícil em que o Hezbollah utiliza estruturas civis e a UNIFIL como escudos, as FDI continuarão a fazer esforços para mitigar o risco de recorrência de tais incidentes infelizes", acrescentam.
O exército libanês anunciou hoje a morte de dois dos seus soldados, na sequência de um ataque israelita no sul do país, onde o exército de Telavive e o movimento fundamentalista xiita Hezbollah estão agora em guerra aberta.
O incidente eleva para quatro o número de soldados libaneses mortos desde o início da intensificação dos bombardeamentos israelitas no Líbano, a 23 de setembro.
Quando as tropas israelitas fizeram as suas primeiras incursões no território libanês e o Hezbollah respondeu com disparos de foguetes, os soldados libaneses retiraram-se dos postos de observação ao longo da fronteira e reposicionaram-se cerca de cinco quilómetros atrás.
Ainda assim, a 03 deste mês, um soldado libanês foi morto e outro ficou ferido num ataque israelita em Taybeh, depois de, a 30 de setembro, um outro militar do exército do Líbano ter sido morto por um drone israelita que tinha como alvo um posto de controlo das Forças Armadas libanesas em Wazzani.
Israel tem intensificado a sua campanha contra o Hezbollah com vários ataques aéreos pesados em todo o Líbano e uma invasão terrestre na fronteira, após um ano de trocas de tiros entre os dois rivais.
O Hezbollah também tem expandido o lançamento de 'rockets' para áreas mais povoadas do interior de Israel, mas os estragos e as vítimas são poucos.
O grupo xiita e pró-iraniano começou a disparar 'rockets' contra Israel a 08 de outubro de 2023, em apoio ao ataque ao território israelita do grupo islamita palestiniano Hamas (no dia anterior), atraindo ataques aéreos israelitas de retaliação.
Mais de 2.100 libaneses -- incluindo combatentes do Hezbollah, civis e pessoal médico -- foram mortos desde o ano passado por ataques israelitas, dos quais mais de dois terços nas últimas semanas.
Os ataques do Hezbollah mataram 29 civis, bem como 39 soldados israelitas no norte de Israel desde outubro de 2023 e no sul do Líbano desde que Israel lançou a sua invasão terrestre.
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