Pelo menos 20 pessoas assassinadas por homens armados no Sudão do Sul

Pelo menos 20 pessoas foram raptadas e assassinadas por homens armados, alegadamente pertencentes a um grupo rebelde, numa floresta num estado do sul do Sudão do Sul, declararam hoje as autoridades do país.

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Lusa
12/10/2024 11:12 ‧ 12/10/2024 por Lusa

Mundo

Sudão do Sul

"Supostos combatentes do grupo rebelde Frente de Salvação Nacional (NAS) raptaram dez jovens na noite de quinta-feira na zona de Wendria (sul), levaram-nos para uma floresta e executaram-nos", disse o ministro da Informação do estado de Equatoria Central, Gerald Francis, segundo um comunicado.

 

"O mesmo se repetiu na sexta-feira à noite na zona de Koli Baba [no mesmo estado], onde outras dez pessoas foram assassinadas e desmembradas com armas brancas", acrescentou Francis.

Numa nota, a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) mostrou-se hoje alarmada com a situação de violência no estado de Equatoria Central, referindo que houve 24 mortes, incluindo 19 civis, nos últimos dias.

"Estou profundamente preocupado com estes atos brutais e apelo urgentemente ao Governo do Sudão do Sul para que conduza uma investigação imediata para levar os culpados à justiça rapidamente", disse Nicholas Haysom, representante especial do secretário-geral da ONU e chefe da UNMISS.

A UNMISS intensificou as patrulhas em toda a Equatoria Central e está a colaborar com as autoridades estatais e locais, bem como com os líderes comunitários, para aceder à área e evitar uma nova escalada da violência, referiu o comunicado da missão da ONU.

George Francis considerou que "esta foi uma ação bárbara, um crime imperdoável e uma clara violação dos direitos humanos", sublinhando que o Governo do Sudão do Sul "está empenhado em perseguir os responsáveis por estes crimes que começaram a atacar cidadãos nas suas aldeias e em áreas seguras".

O responsável governamental adiantou ainda que as autoridades de Equatoria e o Governo central de Juba mobilizarão forças conjuntas para proteger a região e evitar a repetição de ataques deste tipo.

Os combates e confrontos tribais são comuns no Sudão do Sul devido à presença de grupos rebeldes armados, bem como à incapacidade do Governo em desarmar as tribos que entram em conflito devido ao controlo de terras agrícolas, de terras para pastagem ou vingança.

Pelo menos oito pessoas morreram na semana passada num ataque a um autocarro perto de Juba, no qual outros 20 passageiros ficaram feridos e outros 13 continuam desaparecidos.

Várias áreas da Equatoria Central são bastiões dos combatentes do NAS, liderados por Thomas Cirilo, que rejeita os acordos de paz assinados entre outros grupos de oposição e o Governo central em Juba e procura a deposição do Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir.

Leia Também: Número de refugiados no Sudão do Sul ultrapassa meio milhão

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