"Falei com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, no [sábado], e expressei a minha profunda preocupação com os relatos de que as forças israelitas dispararam contra capacetes azuis no Líbano, bem como com a morte de dois soldados libaneses", escreveu Lloyd Austin numa mensagem publicada na rede social X.
Na mesma mensagem, o secretário da Defesa dos EUA disse ter sublinhado a importância de garantir a segurança dos elementos da UNIFIL e das forças armadas libanesas, instando o homólogo israelita a "passar das operações militares no Líbano para uma via diplomática o mais rapidamente possível".
"Também levantei a questão da terrível situação humanitária em Gaza e salientei que devem ser dados passos para resolver a questão. Reafirmei o compromisso inabalável, duradouro e firme dos Estados Unidos com a segurança de Israel", lê-se na publicação.
I spoke with Israeli Minister of Defense Yoav Gallant on Oct. 12 and expressed my deep concern about reports that Israeli forces fired on UN peacekeeping positions in Lebanon as well as by the reported death of two Lebanese soldiers. I strongly emphasized the importance of…
— Secretary of Defense Lloyd J. Austin III (@SecDef) October 12, 2024
Dois capacetes azuis indonésios e dois cingaleses foram feridos nos ataques, que o Exército israelita diz terem sido acidentes em confrontos com o movimento xiita libanês Hezbollah, que está, segundo Israel, a usar as tropas da ONU como escudos humanos.
O porta-voz da UNIFIL alertou hoje para a possibilidade de se registar, muito em breve, um "conflito regional com impacto catastrófico" para todos os países envolvidos.
A força de paz da ONU anunciou que um dos seus capacetes azuis foi atingido a tiro no quartel-general em Naqoura, no sul do Líbano, elevando para cinco o número de soldados feridos em incidentes ocorridos em três dias atribuídos a Israel.
Apesar dos incidentes, a UNIFIL recusou retirar-se do sul do Líbano, como solicitado pelo exército israelita.
As forças de manutenção da paz estão no Líbano de acordo com a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra de 2006 entre o Líbano e Israel.
Há três semanas que Israel realiza uma intensa campanha de bombardeamentos contra o sul e leste do Líbano, bem como contra Beirute, que causou a morte da maior parte das mais de 2.200 pessoas que perderam a vida no Líbano desde outubro de 2023.
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