EUA expressam preocupação por ataque a UNIFIL e defendem via diplomática

O secretário da Defesa dos EUA expressou este domingo preocupação pelo ataque do exército israelita a elementos da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla inglesa) e instou Israel a seguir a via diplomática no país.

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© Kin Cheung/Reuters

Lusa
13/10/2024 06:27 ‧ 13/10/2024 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

"Falei com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, no [sábado], e expressei a minha profunda preocupação com os relatos de que as forças israelitas dispararam contra capacetes azuis no Líbano, bem como com a morte de dois soldados libaneses", escreveu Lloyd Austin numa mensagem publicada na rede social X.

 

Na mesma mensagem, o secretário da Defesa dos EUA disse ter sublinhado a importância de garantir a segurança dos elementos da UNIFIL e das forças armadas libanesas, instando o homólogo israelita a "passar das operações militares no Líbano para uma via diplomática o mais rapidamente possível".

"Também levantei a questão da terrível situação humanitária em Gaza e salientei que devem ser dados passos para resolver a questão. Reafirmei o compromisso inabalável, duradouro e firme dos Estados Unidos com a segurança de Israel", lê-se na publicação.

Dois capacetes azuis indonésios e dois cingaleses foram feridos nos ataques, que o Exército israelita diz terem sido acidentes em confrontos com o movimento xiita libanês Hezbollah, que está, segundo Israel, a usar as tropas da ONU como escudos humanos.

O porta-voz da UNIFIL alertou hoje para a possibilidade de se registar, muito em breve, um "conflito regional com impacto catastrófico" para todos os países envolvidos.

A força de paz da ONU anunciou que um dos seus capacetes azuis foi atingido a tiro no quartel-general em Naqoura, no sul do Líbano, elevando para cinco o número de soldados feridos em incidentes ocorridos em três dias atribuídos a Israel.

Apesar dos incidentes, a UNIFIL recusou retirar-se do sul do Líbano, como solicitado pelo exército israelita.

As forças de manutenção da paz estão no Líbano de acordo com a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra de 2006 entre o Líbano e Israel.

Há três semanas que Israel realiza uma intensa campanha de bombardeamentos contra o sul e leste do Líbano, bem como contra Beirute, que causou a morte da maior parte das mais de 2.200 pessoas que perderam a vida no Líbano desde outubro de 2023.

Leia Também: Países da UNIFIL apelam ao respeito pela presença de capacetes azuis no Líbano

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