"Vinte e três pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas", estas últimas posteriormente transportadas para hospitais, após os "ataques aéreos militares na tarde de sábado no principal mercado" no sul de Cartum, disse a rede Células de Resposta de Emergência, lideradas por jovens, na rede social Facebook.
Desde abril de 2023, o Sudão é palco de uma guerra entre as RSF, grupo paramilitar liderado pelo general Mohamed Hamdane Daglo, e o exército chefiado pelo general Abdel Fattah al-Burhane, o líder de facto do país.
Os dois lados foram acusados de crimes de guerra, nomeadamente de atacar civis e bloqueio da ajuda humanitária.
O Conselho dos Direitos Humanos da ONU votou no dia 09 de outubro a favor do prolongamento das suas investigações sobre alegadas violações dos direitos humanos durante a guerra que assola o Sudão, apesar das objeções das autoridades de Cartum.
A missão foi criada em outubro de 2023 pelo Conselho dos Direitos Humanos para investigar alegadas violações dos direitos humanos e do direito internacional humanitário.
Em consequência da guerra no Sudão, cerca de 26 milhões de pessoas enfrentam uma grave insegurança alimentar, tendo sido declarada a fome no campo de Zamzam, no Darfur.
Dezenas de milhares de pessoas morreram na guerra e mais de 10 milhões foram deslocadas pelos combates ou forçadas a procurar refúgio no estrangeiro, ou seja, um em cada cinco sudaneses.
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