Invadir posições da ONU no Líbano "é inaceitável", avisa MNE espanhol
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha condenou hoje os ataques israelitas às instalações dos capacetes azuis das Nações Unidas, no Líbano, considerando estas ações militares "são inaceitáveis".
© Stringer/picture alliance via Getty Images
Mundo Médio Oriente
À entrada para uma reunião dos ministros com a pasta da diplomacia dos 27 Estados-membros, no Luxemburgo, José Manuel Albares considerou que a invasão durante o fim de semana de uma posição dos capacetes azuis "é inaceitável".
"É contrário ao que é esperado de qualquer Estado-membro das Nações Unidas, que é, em última circunstancia, a organização que protege a paz no mundo", disse o governante espanhol em declarações aos jornalistas.
Durante o fim de semana, o exército israelita atacou instalações dos capacetes azuis, justificando as ações com a necessidade de debelar as capacidades militares do grupo miliciano Hezbollah, que opera essencialmente no Líbano com o apoio de Teerão.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, exigiu ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, que retirasse os capacetes azuis das instalações para que Israel pudesse prosseguir com a sua incursão.
No entanto, a decisão de retirar militares da ONU de locais onde estão a exercer funções é do Conselho de Segurança, como recordou hoje o Alto-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, o espanhol Josep Borrell.
Israel também nomeou António Guterres 'persona non grata'. A posição israelita foi condenada por grande parte da comunidade internacional, incluindo Portugal.
Vários países da União Europeia, incluindo Espanha, França e Itália têm milhares de militares nos capacetes azuis a ajudar na missão de manutenção da paz no sul do Líbano e têm sido atacados pelo exército israelita nos últimos dias.
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