O acordo foi firmado pelo chefe de Estado da Rússia Vladimir Putin e pelo líder norte-coreano Kim Jong-Un, durante o agravamento das tensões entre Pyongyang e Seul.
"A redação do tratado não requer qualquer clarificação, é clara", afirmou Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa, questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de envolvimento russo em caso de conflito armado na Península da Coreia.
Segundo Seul, o Exército norte-coreano dinamitou hoje secções de uma estrada anteriormente utilizada para o comércio transfronteiriço com a Coreia do Sul.
O governo sul-coreano afirmou ter retaliado com "fogo de retorno", sem fornecer mais detalhes.
A Rússia e a Coreia do Norte aproximaram-se desde que Moscovo lançou a ofensiva militar de grande escala contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Pyongyang foi acusada de fornecer projéteis e mísseis ao Exército russo.
Kiev reclama que a Coreia do Norte também enviou tropas para a Rússia.
Esta aproximação foi assinalada pela visita do Presidente russo a Pyongyang, em junho, e pela assinatura do tratado de parceria estratégica, cujo artigo 4º prevê "assistência militar imediata" em caso de agressão armada.
"O mais importante é que este tratado prevê uma parceria estratégica em todos os domínios, incluindo a segurança", sublinhou Peskov hoje em Moscovo.
O tratado não especifica se a Coreia do Norte beneficia da proteção nuclear da Rússia.
Quando Putin discursou, em setembro, sobre a revisão da doutrina russa relativa às condições de utilização da bomba atómica, não fez qualquer referência ao aliado norte-coreano, ao contrário da Bielorrússia, outro país vizinho, que foi explicitamente mencionado.
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