Reino Unido alarga sanções a israelitas extremistas na Cisjordânia 

O Reino Unido anunciou hoje novas sanções contra colonos israelitas extremistas na Cisjordânia, apelando ao governo de Benjamin Netanyahu para acabar com o clima de impunidade neste território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

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© Reuters

Lusa
15/10/2024 17:17 ‧ 15/10/2024 por Lusa

Mundo

Israel

"<span class="news_bold">Estas medidas são uma resposta ao aumento contínuo da violência que está a devastar as comunidades palestinianas na Cisjordânia", justificou o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, em comunicado.

 

O território ocupado registou um recrudescimento da violência desde o ataque do Hamas contra Israel, a 07 de outubro, e o início da guerra na Faixa de Gaza, outro território palestiniano. 

A ONU registou mais de 1.400 ataques de colonos contra comunidades palestinianas desde outubro de 2023.

Pelo menos 635 palestinianos foram mortos pelo exército israelita ou por colonos, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais palestinianos.

No total, três colonatos, Tirzah Valley Farm, Meitarim e Shuvi Eretz, são visados por estas sanções, que vêm na sequência das que foram decididas no início de maio e que visam especificamente os colonos "extremistas".

Estes colonatos "têm estado envolvidos na facilitação, incitação e promoção de actividades que constituem uma grave violação do direito dos palestiniano não serem sujeitos a tratamento cruel, desumano ou degradante", refere o comunicado.

Quatro organizações israelitas são igualmente visadas por estas sanções: a yeshiva (escola talmúdica) Od Yosef Chai, bem como Hashomer Yosh, Torat Lechima e Amana.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, referiu ter-se encontrado com palestinianos vítimas destas agressões durante uma visita à Cisjordânia este ano, numa das minhas primeiras viagens em funções.

"As medidas adoptadas hoje vão ajudar a responsabilizar aqueles que apoiaram e perpetraram estas violações hediondas dos direitos humanos. O Governo israelita tem de reprimir a violência dos colonos e pôr termo à expansão dos colonos em terras palestinianas", vincou.

Cerca de 490.000 colonos vivem na Cisjordânia ao lado de três milhões de palestinianos. 

O ano de 2023 marcou um recorde para o avanço dos colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, com o maior número de licenças de construção emitidas nos últimos trinta anos, de acordo com um relatório da Representação da União Europeia nos Territórios Palestinianos.

O Reino Unido já tinha imposto sanções em maio a duas organizações de colonos israelitas definidas como "grupos extremistas" acusados de promover violência contra palestinianos na Cisjordânia, a Hilltop Youth e a Lehava, e a quatro indivíduos: Noam Federman, Neria Ben Pazi, Eden Levi e Elisha Yered.

O novo pacote de sanções anunciado hoje coincide com declarações do anterior ministro dos Negócios Estrangeiros David Cameron, que revelou à BBC ter ponderado sancionar dois membros do governo israelita, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, e o das Finanças, Bezalel Smotrich.

Questionada hoje no Parlamento sobre esta possibilidade, a secretária dos Negócios Estrangeiros, Anneliese Dodds, afirmou que o governo britânico mantém o seu regime de sanções "sob análise".

Leia Também: Reino Unido sanciona organizações militares iranianas por ataque a Israel

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