O emir do Qatar, Tamin bin Hamad Al Thani, voltou a apelar, esta quarta-feira, ao estabelecimento de um Estado palestiniano "soberano e independente", lado a lado com Israel.
Em declarações na primeira cimeira entre líderes da União Europeia e do Conselho de Cooperação do Golfo em Bruxelas, na Bélgica, Al Thani também pediu um cessar-fogo imediato em Gaza e no Líbano e a retirada das forças israelitas da Cisjordânia ocupada.
"A guerra destrutiva travada por Israel na Palestina e no Líbano tornou os crimes de guerra algo normal. Isso é algo que não podemos aceitar", disse, citado pela agência de notícias Al Jazeera.
O emir do Qatar pediu que seja encontrado "um acordo para estes conflitos" e "uma solução para a causa palestiniana com base na legitimidade internacional e nas fronteiras de 1967", repetindo o apelo feito a 3 de outubro, numa cimeira em Doha.
"Um cessar-fogo seria um primeiro passo antes de uma rodada séria de negociações para uma solução definitiva para a causa palestiniana", defendeu.
O recrudescimento do conflito na região começou com os ataques perpetrados a 7 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas contra o território israelita, que fizeram cerca de 1.200 mortos e levaram Israel a desencadear uma ofensiva sangrenta contra a Faixa de Gaza.
Os ataques de 7 de outubro, denominados pelo Hamas e pelos seus aliados como 'Inundação de Al Aqsa', levaram também à abertura de uma frente de conflito na fronteira entre Israel e o Líbano, com combates constantes desde há mais de 11 meses que culminaram com uma nova invasão do território libanês por Israel.
Além disso, os rebeldes Huti no Iémen e as milícias pró-Irão no Iraque lançaram mísseis e drones contra Israel em resposta à sua ofensiva contra Gaza. Em retaliação, Israel bombardeou territórios no Líbano, na Síria e no Iémen.
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