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Países da UE que integram FINUL vão exercer "pressão máxima" sobre Israel

Os 16 países da União Europeia (UE) que participam na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) vão "exercer a máxima pressão a nível político e diplomático sobre Israel" para evitar "novos incidentes", garantiu hoje o governo italiano.

Países da UE que integram FINUL vão exercer "pressão máxima" sobre Israel
Notícias ao Minuto

16/10/24 16:30 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Médio Oriente

No final de uma videoconferência que reuniu os ministros da Defesa destes países, o Ministério da Defesa italiano destacou, num comunicado, o "desejo partilhado de exercer a máxima pressão a nível político e diplomático sobre Israel, a fim de evitar novos incidentes".

 

Os 16 ministros aludiam aos recentes incidentes provocados pelo exército israelita depois de posições da FINUL no sul do Líbano terem sido alvo de fogo no meio dos confrontos entre as Forças de Defesa de Israel (FDI) e os militantes do movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.

Na videoconferência, presidida pelo ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, e pelo homólogo francês, Sébastien Lecornu, os 16 governantes "clarificaram, contudo, que o Hezbollah não pode utilizar o pessoal da FINUL como escudo humano no contexto do conflito".

Os ministros da Defesa também concordaram com a "importância de manter uma presença estável" no Líbano, sublinhando que cada decisão relativa ao futuro da missão da FINUL terá de ser tomada coletivamente no âmbito da ONU.

A reunião promovida por Crosetto e Lecornu tinha como "objetivo definir uma ação unitária para a contribuição europeia para a missão da FINUL à luz dos recentes acontecimentos no sul do Líbano", indicou ainda a nota informativa do ministério italiano.

Além disso, acrescentou o comunicado, os ministros expressaram "com vigor a necessidade de rever as regras de empenhamento, a fim de permitir que a FINUL opere de forma mais eficaz e segura".

Pelo menos cinco militares da força internacional, normalmente designados como "capacetes azuis", ficaram feridos nos últimos dias à margem dos combates entre o Exército israelita e o Hezbollah no sul do Líbano, em ataques fortemente condenados pela ONU, que apontou possíveis "crimes de guerra".

A FINUL, criada em março de 1978 pelo Conselho de Segurança da ONU, inclui um total de 10.000 militares oriundos de 50 países e foi apanhada no fogo cruzado de Israel e do Hezbollah desde que o movimento pró-iraniano abriu uma frente contra as forças israelitas, em outubro de 2023, em apoio do seu aliado palestiniano Hamas.

Entre os maiores contribuintes estão Indonésia, Itália, Espanha, França, Malásia, Gana, Índia e Irlanda.

Áustria, Croácia, Chipre, Estónia, Finlândia, Alemanha, Grécia, Hungria, Letónia, Malta, Países Baixos e Polónia são os outros países da UE que têm militares integrados na FINUL.

Leia Também: Unicef acusa Israel de colocar crianças no Líbano em "grande risco"

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